Por Natalia Flach | A rede de óticas Zerezes está com plano agressivo de crescimento, e o marketing faz parte dele. O objetivo é passar das atuais 18 lojas para 100 até 2028 e tornar a marca mais conhecida, especialmente, fora do eixo Rio-São Paulo.
Para tanto, a empresa — que investe de 4% a 8% da receita anual em marketing — acaba de lançar a sua maior campanha, com a participação dos artistas Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert. O filme que está no ar na TV nas redes sociais mostra que o casal usa óculos de grau não apenas para corrigir a visão, mas também por uma questão de estilo.
Neste ano, a companhia espera alcançar faturamento de R$ 80 milhões, ante os R$ 53 milhões obtidos no ano passado. É uma alta expressiva, mas trata-se de uma fração da receita do setor ótico, que atingiu R$ 25,6 bilhões em 2023, de acordo com a entidade do setor Abióptica. A instituição estima um aumento de 5% na receita deste ano.
A estratégia de crescimento se apoia tanto no capital próprio dos sócios — Rodrigo Latini, Luiz Eduardo Rocha e Hugo Galindo — quanto na captação dos R$ 20 milhões liderada pela Shift Capital em 2022 e que contou com a participação da Order VC.
“Podíamos ter muito mais lojas abertas hoje, se o intuito fosse crescer por crescer. Mas decidimos ir devagar para cuidar dos produtos e da lucratividade da empresa”, diz o CEO, Latini. O executivo afirma que a companhia dá lucro, mas não revela os valores.
Segundo Latini, a empresa não pretende fazer internacionalização da marca. “Queremos ser conhecidos em todo o Brasil, e, para isso, contamos com a campanha e com a propaganda boca a boca, que responde por um terço das vendas”, afirma, acrescentando que é comum idosos entrarem na loja dizendo que foram indicados pelos filhos.
Segundo o diretor de marketing (CMO, na sigla em inglês), Daniel Dränger, essas recomendações acontecem de forma espontânea, porque a marca coloca o cliente no centro das decisões.
“A ideia é que os consumidores namorem os óculos como namoram uma roupa ou um tênis e transformem o objeto em um aliado na construção de sua identidade.”
Fonte: Valor Econômico