Faturamento dos canais digitais cresceu 393% de julho a setembro
Novata na Bolsa de Valores, a rede de petshops Petz publicou seu primeiro resultado trimestral após a abertura de capital realizada em setembro, quando captou R$ 3,03 bilhões. No terceiro trimestre, a varejista registrou crescimento de 63,4% no lucro líquido, de R$ 12,6 milhões, e receita líquida de R$ 377,7 milhões, 50% superior ao reportado no mesmo período do ano anterior.
O resultado foi impulsionado pelas vendas nos canais digitais, que somaram R$ 114,8 milhões do faturamento bruto (a receita bruta total foi de R$ 450 milhões), um crescimento anual de 393%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 30%, para R$ 70,7 milhões.
A oferta de ações da varejista foi de forte demanda, em um momento em que o mercado já começava a pressionar por descontos nos preços. O papel acumula alta de 23,5% desde a estreia, negociado ontem a R$ 16,99. “Havia no mercado a expectativa quanto nossa capacidade de manter os resultados do segundo trimestre e conseguimos números robustos”, avalia Zimerman.
Hoje a Petz detém cerca de 5% do mercado, do qual os pequenos petshops respondem por 50%. A concorrência tem se acirrado no comércio on-line, e a competição passa pela ampliação da oferta de serviços. Ontem, a varejista digital Petlove anunciou a compra da plataforma de serviços Dog Hero, que conecta tutores de animais domésticos a passeadores, cuidadores e veterinários. “Avaliamos a oportunidade e não fazia sentido para nós. Mas estamos firmes no trabalho de ‘pet solutions’. No ano que vem já começaremos a oferecer mais serviços ao consumidor e pretendemos ter soluções bem consolidadas em cinco anos.”
Ainda de olho na “jornada integrada”, a empresa criou neste trimestre uma diretoria de experiência do cliente. Para Zimerman, o crescimento da companhia passará principalmente pela capacidade de manter a visão do consumidor.
Seguindo o plano da oferta de ações, de julho a setembro a Petz inaugurou 10 lojas, incluindo as de Mato Grosso e Ceará. Atualmente são 124 lojas em 15 Estados e Distrito Federal. A meta é estar em todos as capitais do país nos próximos cinco anos.
Fonte: Valor Econômico