Por Cristian Favaro
“O que contribuiu para a margem ficar distante do que a gente esperava foram as aquisições [principalmente a Zee.Dog]. De verdade, atrasamos um cronograma que já poderia estar adiantado. É uma frustração para nós e para o mercado”, disse o executivo nesta quinta-feira.
A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu dois pontos percentuais no trimestre, para 7,4%. Somente Zee.Dog trouxe um efeito negativo ao Ebitda na casa de R$ 5 milhões, segundo a companhia. O que complicou foi o cenário macro e seu efeito na demanda no país e exterior e a curva de captura de sinergias mais lenta do que previsto.
“Continuamos absolutamente convictos que as aquisições foram corretas e que elas gerarão frutos com um pouco mais de delay [atraso] do que imaginávamos, preliminarmente”, disse Zimerman. O executivo defendeu que o grupo tem como meta principal manter os indicadores de margens neste ano mesmo diante de um ambiente desafiador em termos de custos do negócio.
“O nosso principal compromisso é que os 8,8% de margem Ebitda de 2022 [da marca Petz] não sofra mais nenhum tipo de deterioração. Estamos tomando várias iniciativas que melhoram a rentabilidade, mas não podemos desprezar coisas que pressionam a rentabilidade”, disse.
Entre os pontos de atenção para este ano estão os fornecedores, em meio a um mercado difícil de se negociar preço. Outro desafio é a tributação. O executivo disse que 12 estados já anunciaram o aumento de ICMS. “Precisamos tomar iniciativas para garantir que não teremos mais erosão. Vamos ver melhora nas adquiridas, o que deve impactar os 7,4% [margem Ebitda do grupo], que deve melhorar [neste ano]”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico