A varejista Petz, controlada pela holding Pet Center Comércio e Participações, deu os primeiros passos no seu processo de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3. A companhia começou a se reunir com bancos de investimento e vai definir os coordenadores da oferta nas próximas semanas, apurou o Valor.
Conforme duas fontes, o fundo de private equity Warburg Pincus, acionista da companhia desde 2013, vai vender ações em tranche secundária, mas ainda não definiu se fará saída total do investimento agora. A expectativa é que, caso o plano do IPO avance como projetado, a oferta ocorra em meados do ano.
A varejista, fundada pelo empresário Sergio Zimerman em 2002, já vinha há alguns anos considerando essa possibilidade, mas o cenário de incertezas no mercado impediu que o plano avançasse, diz uma fonte. Retomada da economia, e sinais mais claros de tendência de recuperação no consumo, com demanda maior no mercado por papéis do segmento, pesou na decisão de avançar na oferta.
A Petz arquivou semanas atrás demonstrativos de resultados dos últimos anos (2016, 2017 e 2018) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia já prestava esse tipo de informação por conta de uma emissão de debêntures.
Segundo material de 2018, as vendas líquidas subiram 30%, para R$ 776,7 milhões. O lucro antes de Imposto de Renda e contribuição social mais que dobrou, de R$ 18,1 milhões para R$ 46,8 milhões e o lucro líquido quase triplicou, passando de R$ 11,4 milhões para R$ 31 milhões.
Eram R$ 160 milhões em caixa ao fim de 2018 e eram R$ 257,2 milhões em empréstimos, financiamentos e debêntures, versus R$ 114,3 milhões em 2017, segundo o balanço de 2018.
A varejista tem pouco mais de 100 lojas em 12 estados. Para 2019, em entrevista ao Valor ,a rede projetava expansão de 43% no faturamento bruto em relação a 2018, atingindo R$ 1,3 bilhão. Procurada, a Petz não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: Valor Econômico