Por Geraldo Samor e Pedro Arbex
A Petland está conversando com investidores financeiros e estratégicos para uma injeção de capital que acelere seu plano de se tornar “a maior rede de pet shops do mundo.”
As conversas envolvem players estratégicos de fora do mundo pet buscando entrar na categoria, incluindo grandes varejistas listados na Bolsa.
A empresa brasileira é uma ‘masterfranquia’ da rede americana — mas já ficou maior que sua empresa-mãe, que tem 96 lojas nos EUA.
No Brasil, a Petland é uma rede de 279 lojas em 22 estados — 132 são franquias e 140 são petshops ‘afiliados’, que não usam a marca Petland mas pagam uma mensalidade para ter acesso a cursos de capacitação, compra conjuntas, e acesso a produtos de marca própria da Petland.
Como parte da rodada, a Petland americana vai comprar uma participação na brasileira, sua operação mais bem sucedida no mundo.
O CEO Rodrigo Albuquerque — que trouxe a empresa para o Brasil há exatos sete anos — planeja chegar a 2.500 lojas em 2027. A meta parece coisa de cachorro doido, mas é atingível quando se considera que o Brasil tem mais de 40 mil petshops de bairro, todos em busca de uma forma de sobreviver ao avanço das gigantes Petz e Cobasi.
“Somos os melhores amigos dos pequenos,” diz Albuquerque. “Quando ele vê uma Cobasi ou uma Petz abrindo do lado dele, sou eu que levanto a mão e falo que posso ajudá-lo.”
Segundo Albuquerque, depois que um petshop de bairro se converte em franquia Petland, seu faturamento cresce em média 40% nos primeiros seis meses, sua margem bruta aumenta 6,5 pontos percentuais, e sua receita de serviços avança 20%.
A rede da Petland teve um GMV de R$ 181 milhões no ano passado, um crescimento de 60% em relação a 2019, e espera crescer mais 50% este ano — sem considerar os recursos da rodada.
Desde 2018, a Petland vem ampliando suas linhas de receita: criou a Dr. Amei, uma rede de consultórios veterinários; comprou um ecommerce para digitalizar a operação; e lançou nove linhas de produtos de marcas próprias, que já respondem por cerca de 20% das vendas em suas respectivas categorias.
A Loyall Capital Partners é o maior investidor institucional da companhia. Os outros sócios são os quatro fundadores.
A Loyall Astoria, uma butique de M&A, está assessorando a companhia.
Fonte: Brazil Journal