O total de empresários do setor de supermercados pessimistas com o cenário atual e futuro da economia brasileira atingiu 72% em janeiro em São Paulo. É o menor nível de confiança em toda série histórica, iniciada em junho de 2011, de acordo com a Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo (PCS/APAS).
O número superou o apurado em setembro de 2015, quando o indicador havia apontado o maior índice (70%). Todos os itens pesquisados (inflação, PIB, juros, emprego, vendas, entre outros) apontaram baixo ou nenhum grau de otimismo em relação à percepção atual ou à expectativa futura.
O nível de otimismo atual em relação à atividade econômica foi zero, ou seja, nenhum empresário acredita numa recuperação a curto prazo. “Esse resultado reflete o ambiente econômico e político vivenciado pelo país”, informa a associação em nota. “Os supermercados têm sofrido com a queda na frequência dos consumidores às lojas, mesmo sendo um setor considerado de primeira necessidade”, destaca a entidade.
As vendas reais do setor supermercadista acumularam queda de 1,90% de janeiro a dezembro de 2015 em comparação ao ano anterior. A redução foi a primeira queda anual de vendas desde 2007, quando a retração foi de 1,59%. Em relação à expectativa sobre o futuro, 68,7% se mostraram pessimistas e 4,5% apontaram otimismo.
A Pesquisa de Confiança dos Supermercados coleta dados com os empresários supermercadistas, representando, 85% do faturamento do setor no Estado de São Paulo.