A Opinion Box, em parceria com o Digitalks, realizou uma pesquisa inédita sobre o Comportamento de compra do consumidor no Mobile, que foi apresentada durante a Conferência Content e Mobile Marketing, no dia 21 de março, em São Paulo.
Em todo o Brasil, foram entrevistadas 1.166 pessoas que realizaram alguma compra através do smartphone ou tablet, através de um aplicativo ou acessando um site pelo celular, nos últimos 12 meses. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 12 de março de 2017, a margem de erro é de 2,9 por pessoa e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Felipe Schepers, um dos fundadores da Opinion Box, afirma que o levantamento é uma ferramenta de auxílio para as empresas que investem em e-commerce no Mobile em todo o país. “Embora pareça óbvio, se o site for lento ou não responsivo, por exemplo, a probabilidade do consumidor desistir da compra no Mobile é muito grande. Cada vez mais é preciso entender o produto e o perfil do consumidor para alinhar com a melhor estratégia de venda e a melhor forma de conseguir as informações é através da realização de uma pesquisa e não de achismos”, completa Felipe.
Para o Digitalks, que desde sua fundação, em 2009, tem como principal característica o fomento do marketing digital, ‘apoiar pesquisas para aferir os principais problemas do setor é fundamental para fazer a máquina girar’, esclarece o CEO Flavio Horta. “As informações apuradas vão auxiliar o mercado na tomada de decisões”, completa.
Praticidade e agilidade foram os principais pontos positivos de realizar compras pelo smartphone ou tablet para 81% e 71% dos entrevistados. Quanto à quantidade de compras realizada nos últimos 12 meses, 14% fizeram somente uma compra, enquanto que 56% fizeram entre duas e cinco compras e 30% fizeram seis ou mais.
Entre os itens mais comprados, a pesquisa revelou que os consumidores compram de tudo. Em primeiro lugar, com 47%, ficam roupas e acessórios, quebrando o paradigma de que é difícil comprar roupa através do e-commerce. Eletrônicos ocupou a segunda posição, com 40%, seguido de Livros e Papelaria (37%), Saúde, beleza e medicamentos (36%), Informática (34%), Eletrodomésticos (31%), Comida (30%), Táxi ou carro particular (28%), Ingressos (25%), Viagens e Turismo (20%), Cama, mesa e banho (13%), Móveis e Decoração (12%) e Artigos esportivos (12%).
Sobre a forma de pagamento, as opções foram bastante amplas, podendo incluir todas as utilizadas, começando com a principal. Neste caso, o mais utilizado foi o boleto bancário, por 31% das pessoas, seguido por 27% que preferiram o cartão de crédito parcelado sem juros e 20% o cartão de crédito à vista.
A compra acontece através de aplicativos (apps) e site pelo celular. 18% utilizam apenas aplicativos e 15% apenas pelo site no celular, sendo que, 24% utilizam as duas modalidades.
Onde buscar informação frequentemente sobre os produtos e serviços que pretende comprar apontou o Google para 94% das pessoas, 83% para o site da empresa, 79% comparadores de preços, 63% Facebook. Mas, de perto, quanto mais jovem, maior é a busca nos canais como Reclame Aqui, com 55%, e Instagram, com 34%.
O levantamento apurou que email também é mobile. 33% dos entrevistados abrem todos os emails no celular, enquanto 37% abrem a maioria, 14% cerca da metade, 15% abrem poucos e 2% não abrem nenhum.
“O Mobile influencia na loja física e no e-commerce. Não são ações isoladas, portanto necessitam de uma estratégia em conjunto”, esclarece Felipe Schepers. Compra na loja física e pesquisa no smartphone exemplifica o comportamento de 24% do público pesquisado que sempre age desta forma. Além disso, 26% confirma que o mobile participa da sua decisão de compra.
Para finalizar, foram apontados os principais motivos que provocam a desistência da compra. Site lento e não responsivo são os principais pontos levantados por 50% dos entrevistados com relação ao site das empresas. Basicamente, os números se repetem quanto aos aplicativos. O travamento do App é a causa de desistência de compra para 56% do público, enquanto que 50% desiste se estiver lento. Muitos passos para finalizar a compra, não conseguir visualizar os produtos, a usabilidade, a redução de informação por causa da redução da tela e a falta da opção ‘continuar comprando’ foram as principais reclamações.
Fonte: E-Commerce News