Os supermercados reduziram os índices de perdas, a fatia da receita que não entra em caixa por problemas operacionais, como vencimento de produtos e furtos, aponta a SBVC (Sociedade Brasileira do Varejo e Consumo). “As empresas precisaram dar mais atenção a custos durante os anos de crise porque tiveram de melhorar a rentabilidade”, afirma Carlos Santos, presidente da comissão de perdas na entidade.
O número médio de 2017 foi de 1,97% da receita, contra 2,26% do ano anterior. A Coop redobrou a atenção na prevenção a furtos, diz o presidente Marcio Valle. Parte deles é cometida por clientes e operadores de caixa em conluio. O funcionário pode fingir e não passar um produto pelo leitor óptico, por exemplo.
“Implantamos um monitoramento no ponto de venda para avaliar as operações. Identificamos padrões, como um cliente ser sempre atendido por uma mesma operadora. Instalamos também um sistema para gravar o áudio.”
Outro fator que influenciou o índice foi a diminuição de estoques, especialmente em 2017, que teve deflação, diz Everton Muffato, sócio do grupo que leva seu sobrenome. Se um produto fica mais barato, quanto mais tempo permanece sob a guarda do supermercado, mais valor perde. Por isso, empresas armazenam menos, e um efeito colateral é a redução de perdas. “É o contrário da inflação, quando aumentam os estoques. Além disso, o setor também teve de proteger a rentabilidade por causa da crise.”
Fonte: Supermercado Moderno