O número de casos de criptosequestros no varejo global aumentou 63% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado.
Por Redação
O rápido desenvolvimento do e-commerce no varejo farmacêutico e os novos hábitos digitais dos consumidores trouxeram um risco na carona. A perda de dados acende o sinal de alerta no setor e está no topo das preocupações dos gestores quando o assunto é a segurança cibernética.
Segundo a última enquete do Panorama Farmacêutico, 62% dos 3.134 profissionais que emitiram sua opinião indicaram a insegurança dos dados como principal foco de atenção das farmácias em relação a crimes digitais. O percentual é bem distante dos 23% que apontaram a queda na reputação como maior risco. A redução na receita recebeu 11% das menções e 4% citaram a perda de produtividade.
Perda de dados cresce especialmente no varejo
Um relatório da empresa de segurança cibernética SonicWall reforça o olhar sobre a proteção dos dados. O número de casos de criptosequestros no varejo global aumentou 63% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado.
O caso mais recente envolveu uma marca brasileira. No dia 23 de junho, a Fast Shop sofreu um ataque cibernético que afetou todos os dispositivos móveis e a ferramenta online de compras. A empresa desativou a loja virtual e, em um primeiro momento, respondeu a alguns usuários que se tratava de uma manutenção. Só depois a empresa confirmou que suas redes digitais foram invadidas por hackers.
“O varejo sempre será atraente para ataques cibernéticos devido à complexidade dos seus ambientes e distribuição em vários pontos de vendas conectados”, avalia Sylvio Sobreira, CEO da consultoria SVX Corporate.
Para o especialista, setores como o de farmácias vêm direcionando crescentes investimentos para a aquisição de sistemas robustos de ERP e de CRM, mas esquecem de projetar os impactos da segurança dos dados para a própria sobrevivência do negócio.
“E se tudo que foi investido na empresa não puder ser utilizado por conta de uma interrupção? Por isso é essencial dispor de um Plano de Continuidade de Negócios, sempre pensando em um cenário de interrupção das operações por conta de crimes cibernéticos”, observa.
Nova enquete
A enquete que está no ar propõe uma avaliação sobre os modelos de entrega que mais ganharam relevância nas farmácias a partir do advento do e-commerce. As vendas online no segmento permanecem em alta, na contramão dos resultados do varejo em geral.
Fonte: Panorama Farmacêutico