Juntas, as sete redes somam 113 supermercados, mais de 14 mil funcionários e 3,8 bilhões de reais em vendas no ano passado
Sete redes de supermercados regionais no Rio de Janeiro uniram suas forças para buscar melhores condições de compra, ter um marketing mais forte e trocar conhecimento.
A partir do grupo Unno, o objetivo é ter mais força na negociação com fornecedores e, assim, oferecer preços menores e mais promoções aos consumidores.
Juntas, as sete redes somam 113 supermercados, mais de 14 mil funcionários e 3,8 bilhões de reais em vendas no ano passado. São elas: Bramil, Campeão, Costazul, Inter Supermercados, Princesa, SuperPrix e Supermercados Real de Itaipu.
“Estamos vendo um ambiente com muitas promoções por aqui. Para sobreviver no meio desses gigantes, tem que ser mais arrojado”, diz Genival Beserra, presidente do grupo Unno.
Por isso, os supermercados centralizaram suas compras e investimento em marketing em janeiro deste ano e, a partir de junho, lançaram a iniciativa no mercado. O logo de cada rede ganhou o sobrenome Unno, mas as redes deverão manter sua própria marca e identidade, já que o público já as reconhece.
As redes têm públicos e perfis semelhantes e, com exceção de um vinho mais sofisticado ou um queijo importado, grande parte das mercadorias vendidas são as mesmas. Isso facilita a negociação com os fornecedores: como as compras são maiores, os descontos também são.
“Com apenas cinco unidades na Costazul (rede da qual era presidente), eu tinha uma dificuldade enorme em conseguir o mesmo preço competitivo que a concorrência. Juntos, conseguimos oferecer mais promoções”, afirma Beserra.
Além da unificação dessas operações, os presidentes das redes se reúnem uma vez por semana para trocar ideias, dificuldades e melhores práticas. Entre as soluções que surgiram dessas reuniões, está um novo contrato com as empresas de cartão com taxas menores e mudanças nas políticas de recursos humanos.
“Quando cada um está com uma bandeira, somos concorrentes. Mas sentar na mesma mesa para falar dos mesmos problemas é muito rico”, diz o presidente do grupo.
Fonte: Exame