O relatório anual “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, elaborado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostra que pela primeira vez, mais de 50% das supermercadistas investiram em operação on-line (eram menos de 30% em 2019). Com isso, o número de empresas quase dobrou em relação a edição anterior, atingindo 76 companhias em 2020. “A maior aceleração no on-line na pandemia foi, sem dúvida, no varejo de alimentos, efeito do isolamento social que levou ao home office”, afirma o sócio e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino. Pesquisa realizada pela revista SA Varejo de junho, mostrou que o varejo regional investiu mais de R$ 17 bilhões em tecnologia, sendo que 72% dessas redes investiram em soluções de e-commerce. Seis em cada 10 redes regionais adquiriram soluções de inteligência de dados e 34% dos varejos regionais dedicaram recursos à compra de tecnologias voltadas às lojas. De acordo com o levantamento da SBVC, no marketplace, especificamente, que inclui a venda de lojistas médios e pequenos e a venda da própria rede que opera a plataforma, as cinco maiores companhias somaram R$ 123,9 bilhões em vendas transacionadas por esses shoppings virtuais em 2020, 81% acima de 2019 – ritmo de expansão também superior à média do comércio eletrônico. Lideram esse segmento, nesta ordem, Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas, Via e Carrefour. “O avanço do marketplace, após a pandemia, é crescente dentro da venda digital, e levou a uma invasão dos pequenos e médios negócios nessas plataformas. Todo mundo ganhou, a digitalização do comércio brasileiro vem ocorrendo, mas a força das varejistas líderes faz diferença numa crise, quando já ter um ecossistema mais parrudo faz diferença”, disse Serrentino. “Vai ser difícil [ao lojista] escalar sem estar conectado às grandes plataformas”.