A alta foi impulsionada principalmente pela divisão de atacarejo do grupo de supermercados, o Assaí, que viu as vendas crescerem 33,4% no trimestre
“Ainda vemos o Grupo Pão de Açúcar se beneficiando de maiores gastos com alimentação em casa pelos consumidores, maior inflação de alimentos no país e venda de ativos não essenciais, bem como o valor gerado pela potencial cisão das divisões Assaí e Multivarejo”, escreve o analista Bruno Lima, da EXAME Research.
No Carrefour, a bandeira de atacarejo foi um destaque. As vendas do Carrefour cresceram quase 30%, para 19,3 bilhões de reais. O Atacadão, modelo de atacarejo da rede, cresceu 31,3% e é responsável por 70% das vendas. O Carrefour divulgou uma prévia das suas vendas no dia 27 de outubro. Já os resultados completos serão apresentados no dia 10 de novembro, após o fechamento do mercado.
O comércio eletrônico também segue forte, com alta de 240% nas vendas no Grupo Pão de Açúcar e de 202% no Carrefour. Para o GPA, as vendas digitais já representam 6% do total no multivarejo e quase o dobro ao olhar somente a marca Pão de Açúcar.
Valorização da ação
A ação do GPA, hoje em 63 reais, está longe do valor máximo de 93 reais, em fevereiro. Para o Credit Suisse, o preço-alvo da ação é de 112 reais – ou seja, há espaço para praticamente dobrar de valor. Já para o BTG, o preço-alvo para o GPA é de 99 reais. EXAME Research, braço de análise da EXAME, recomenda compra para o Grupo Pão de Açúcar a um preço-alvo de 101 reais para o final de 2021. Já o Carrefour, com valor da ação de 18,6 reais, teve o pico em janeiro, com ação a 24 reais.
Separação do Assaí
Para o GPA, há ainda um outro fator que pode impulsionar a valorização da empresa: a listagem separada do Assaí e GPA na bolsa, que está atualmente sendo estudada pela varejista. O objetivo, segundo a empresa, é ampliar as possibilidades de acesso a capital das duas companhias.
“Ainda vemos o Grupo Pão de Açúcar se beneficiando de maiores gastos com alimentação em casa pelos consumidores, maior inflação de alimentos no país e venda de ativos não essenciais, bem como o valor gerado pela potencial cisão das divisões Assaí e Multivarejo”, escreve o analista Bruno Lima, da EXAME Research, em relatório.
Fonte: Exame