A rede tem R$ 400 milhões em caixa, segundo o balanço do primeiro trimestre. Parte desse valor pode ser usado em investimento junto a healthtechs
Por Redação
Duas semanas após de ter a aprovação do Cade para a aquisição da Extrafarma, a Pague Menos já parte para outra estratégia e mira a compra de startups de saúde. A rede tem R$ 400 milhões em caixa, segundo o balanço do primeiro trimestre. E de acordo com a seção Broadcast+ de O Estado de S. Paulo, parte desse valor poderia ser usado em investimento junto a healthtechs.
A empresa, inclusive, acaba de criar uma diretoria de fusões e aquisições e contratou justamente um executivo egresso da área de saúde para comandar a área. Rodrigo Pirajá atuava como gerente executivo de M&A da Hapvida.
Compra de startups terá serviços de saúde como foco
O diretor financeiro da Pague Menos, Luiz Novais, informa que a prioridade será o aporte em empresas que agreguem novos serviços de saúde à oferta das farmácias – entre as possibilidades estão startups de telemedicina, testes laboratoriais ou que atuam com orientação nutricional e monitoramento de doenças crônicas. Parcerias estratégicas com essas healthtechs não estariam descartadas, mas o foco seria o investimento majoritário ou minoritário.
A Pague Menos aposta nos serviços de saúde como âncora para estimular compras nos PDVs, especialmente considerando as classes B-, C e D. Segundo cálculos da rede, 67% dos clientes que utilizam os hubs de saúde efetivam a aquisição de algum produto no mesmo dia da consulta. ”É uma relação ganha-ganha, em que o consumidor tem mais acesso à saúde e a empresa aumenta suas receitas”, comenta.
Startups na mira das grandes redes de farmácias
As intenções da rede cearense acompanham o movimento de outros players do grande varejo farmacêutico. A RaiaDrogasil já deu início ao recrutamento de startups com o objetivo de implementar hubs de saúde em todas as 2,4 mil lojas ainda este ano. Já a Panvel prevê faturar R$ 3,2 bilhões somente com projetos de inovação em sinergia com jovens empresas que integram seu programa de aceleração.
Fonte: Panorama Farmacêutico