Digitar senha para pagar compra inferior a R$ 50 em breve será prática ultrapassada. A Mastercard anunciou que o volume de pagamentos por aproximação (conhecido como contactless ou em inglês NFC) cresceu 10 vezes de janeiro a novembro do ano passado no país — de 1,4 milhão a 13 milhões de acessos.
“O cartão não presente (que exige pagamento por smartphones e dispositivos vestíveis) é o que cresce mais rápido no Brasil. E não tem como não crescer porque, quando o consumidor paga com a nova tecnologia, não quer mais pagar de outra maneira”, afirmou João Pedro Paro Neto, presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul.
De acordo com Paulo Frossard, vice-presidente de desenvolvimento de negócios para o Cone Sul, as cidades que lideram o uso de pagamento via NFC são São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. No total, mais de 4.900 municípios
brasileiros registraram ao menos uma transação pela tecnologia. O ticket-médio das operações, por sua vez, é de R$ 49,43.
“Temos um acordo com a Via Varejo para substituir os tradicionais carnês da rede por meios digitais de pagamento, como cartões pré-pagos físicos e não presentes [dentro do smartphone]. Com isso, o consumidor não precisa mais ir à loja e pegar fila”, destacou Frossard. Outros parceiros da companhia são McDonald’s e Raízen.
Aposta da bandeira, o NFC também será expandido para pagamento do transporte público da cidade de São Paulo neste ano que se inicia. Segundo Frossard, o pagamento por aproximação com cartões de crédito, débito e pré-pago será levado a todos os ônibus municipais de São Paulo. “Esperamos que outros modais contem com essa facilidade em algum momento também, incluindo o metrô”, disse.
Plataforma com IA em 2020
Para 2020, a Mastercard prevê o crescimento ainda maior do pagamento por aproximação e o lançamento de uma nova plataforma customizada para o cliente com inteligência artificial.
Sem divulgar nome e data de lançamento da novidade, Ana Paula Lapa, VP de produtos da Mastercard Brasil e Cone Sul, explicou que o sistema 1:1 vai oferecer produtos adequados ao perfil de cada consumidor, como seguros e cartões. Tudo isso por meio de análise dados. “O computador vai ajudar a gente a atender as pessoas de forma melhor”, definiu a executiva.
Fonte: Gazeta do Povo