O sistema baseado em QR Code para efetuar pagamentos, sem necessidade de utilização de maquininhas ou de cartão físico, é uma tendência global. No varejo chinês, por exemplo, são raras as transações feitas de outra forma. Mas e no Brasil, a moda vai pegar?
Especialistas do setor de pagamentos acreditam que esse sistema instantâneo, chamado de P2P, ganhará relevância no País, mas não na mesma proporção do que em outros mercados.
João Pedro Paro Neto, presidente da Mastercard para Brasil e Cone Sul, considera difícil chegar nos mesmos patamares do mercado chinês, cujas características são outras. Mas ressalta que o P2P também será importante aqui. Para Fernando Teles, presidente da Visa, o pagamento instantâneo não irá acabar com as maquininhas, afinal já há um enorme parque instalado no Brasil.
Ambos os executivos participaram de um evento de tecnologia e concordaram na análise de que o pagamento instantâneo virou febre no mercado chinês porque não havia grande difusão por lá dos cartões de crédito e débito.
Teles, da Visa, ponderou, inclusive, que o sistema baseado em QR Code, que está em desenvolvimento pelo Banco Central , proporciona ao consumidor “uma experiência infinitamente inferior” a dos cartões. As bandeiras têm feito tentativas no sentido de promover o pagamento por aproximação, com o uso de cartão ou celular, mas sem necessidade de abrir um aplicativo.
Fonte: S.A. Varejo