É grande a preferência do consumidor por fazer compras de supermercados em lojas físicas, mesmo com o avanço do comércio online. Uma pesquisa feita pelo site de compras programadas Superlist.com mostra que 69% dos brasileiros encaram a compra de supermercado como uma rotina e não veem problema algum em fazê-la. Também a maioria dos entrevistados (52,2%) tem prazer ir à loja física, embora uma minoria (12%) declare que não sente satisfação em empurrar carrinho e estaria disposta a se abastecer no comércio online.
A produtora de vídeo Micheli Francesqui, de 30 anos, casada e sem filhos, diz que gosta de fazer compras no supermercado. Mas o grande problema é o tempo que gasta na compra. “Gosto de ir à loja física, não é nada que me desagrade, mas gasta-se muito tempo”, diz. Nos seus cálculos, eram mais ou menos duas horas perdidas cada vez que ia às compras. É um tempo precioso para quem trabalha dez horas por dia e às vezes de fim de semana.
Faz sete meses que a produtora de vídeo mudou a rotina de abastecimento da casa. Itens básicos como água, óleo, produtos de limpeza, por exemplo, ela compra online e recebe em casa. “Pago um frete irrisório e não tenho que carregar as compras pesadas, pois eles entregam na minha casa”, explica.
Agora as idas ao supermercados ficaram restritas a poucos produtos e em ocasiões especiais, por exemplo, quando precisa comprar ingredientes para um jantar especial. “A compra de supermercado agora é só de coisas gostosas, que dão prazer”, conta.
Sem impulso. Além de ganhar tempo, com a nova rotina, Michele diz que está conseguindo gastar menos, cerca de 20%, em relação ao que desembolsava quando perdia horas no supermercado.
A economia, segundo ela, resulta do fim da compra por impulso, uma vez que ela já tem uma lista fixa de quantidade de itens e marcas. Outro fator que contribui para reduzir o gasto é que consegue aproveitar as promoções feitas pelo comércio online.
A mudança de hábito também fez a produtora trocar de loja física. Antes frequentava os hipermercados, porque comprava grandes volumes. Agora, vai a supermercados menores, perto de casa, que vendem produtos mais sofisticados./ M.C.
Fonte: Estadão Economia