Na contramão da crise, as vendas de Natal no varejo online brasileiro totalizaram R$ 7,7 bilhões, resultando em um crescimento nominal de 3,8% na comparação ao valor registrado no ano passado. Os números foram divulgados pela consultoria Ebit.
Segundo o CEO da empresa, Pedro Guasti, as vendas natalinas estiveram mais concentradas durante o período de realização da Black Friday e esfriaram nas semanas subsequentes e de maior proximidade ao Natal. O faturamento obtido na Black Friday desse ano alcançou R$ 1,9 bilhão, representando um percentual de 25% do total de vendas para o Natal.
O número total de pedidos no período se mostrou 5,9% menor em relação ao ano passado: 16,6 milhões. Por outro lado, o tíquete médio subiu, passando de R$ 417 em 2015 para R$ 463 em 2016, alta de 10,3%.
Na avaliação da Ebit, a entrada de novos consumidores foi apontada como fator determinante para a manutenção do crescimento do comércio eletrônico no País, mesmo em momentos de crise. Segundo a empresa, no Natal deste ano, 1,5 milhão de pessoas realizou compras via lojas virtuais pela primeira vez, o que contribuiu para os bons resultados alcançados pelo ecommerce nacional no período.
As categorias que lideraram o número de pedidos foram Moda e Acessórios, Cosméticos, Perfumaria e Saúde, Eletrodomésticos, Telefonia e Celulares e Informática. Outro destaque refere-se ao crescimento nas compras realizadas por aparelhos móveis. Em faturamento, a expansão foi de 82% e em número de pedidos, o crescimento superou a marca de 95%.
Para chegar a esses números, a Ebit considerou as vendas de bens de consumo realizadas em lojas virtuais no período de 15 de novembro a 24 de dezembro. Os bons números alcançados pelo varejo online vão na contramão do varejo físico. Segundo dados da Serasa Experian, foi o segundo pior desempenho para o varejo brasileiro no Natal em 14 anos, após as vendas caírem pelo terceiro ano consecutivo.