O setor de galpões industriais de alto padrão registrou uma alta na taxa de ocupação no segundo trimestre. Em São Paulo, principal mercado do país, o aumento ficou entre 1 e 2,5 pontos percentuais, segundo consultorias imobiliárias.
As eleições e a quantidade de obras a ser entregues, porém, impedem que o setor trace projeções mais otimistas.
A vacância deverá cair 0,5 a 1 ponto percentual nos próximos trimestres, a não ser que donos de condomínios logísticos entreguem seus estoques simultaneamente, diz Giancarlo Nicastro, da plataforma de informações Siila.
“O volume de projetos é muito maior que a demanda, muitos fundos fizeram captações. Se investidores não tiverem cautela e construírem tudo de uma vez, haverá uma explosão na vacância e uma derrubada dos preços.”
“Com o quadro político incerto e o desemprego ainda alto, o segundo semestre deverá ter desempenho aquém do ideal”, afirma Mario Sergio Gurgueira, diretor da Cushman & Wakefield.
“Os últimos seis meses do ano costumam ser melhores que os primeiros, então a tendência é que o mercado ande de lado, sem quedas ou picos.”
Os preços, que sofreram nos últimos anos com o aumento da oferta, deverão levar mais tempo para se recuperar, diz Ricardo Hirata, da JLL.
“Ainda vemos uma leve queda por causa de novos lançamentos. O que já percebemos de diferente é o oferecimento de menos meses de carência e descontos menores sobre o valor inicial.”
Fonte: Folha de S.Paulo