Após cair o número de marcas de franquias no Brasil, o País deve manter, em 2017, a quantidade atuante no mercado nacional. A estimativa é da ABF (Associação Brasileira de Franchising) que prevê ainda aumento na quantidade de unidades franqueadoras e de número de empregos diretos.
A estabilidade é comemorada pela associação que espera manter também o número de 8% de crescimento de faturamento. O crescimento é i mesmo registrado em 2016, quando o setor atingiu a marca de R$ 151.247 bilhões, cerca de 2,4% do PIB.
“Entendemos que a economia deste ano terá uma retomada ainda muito modesta. É importante destacar que os índices começaram a melhorar e que a confiança também deve continuar nesse ritmo. Nos últimos seis meses estão surgindo novas marcas e é natural que algumas não tenham mais condições necessárias para se manter, por isso estimamos que vamos manter o número de marcas até o fim do ano”, disse Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF, durante abertura da ABF Expo, feira de franquias que acontece nesta semana, em São Paulo.
A redução do número de marcas registrada entre 2016 e 2015 é justificada pela associação como um movimento natural. Segundo Cristofoletti, a estruturação e o amadurecimento do mercado de franquias globalmente indicam a redução da quantidade de marcas tornando o modelo mais sustentável.
Apesar disso, o País se mantém na quarta posição dos países com maior número de redes no mundo. Dentre as marcas que atuam no Brasil, 94,8% são nacionais.
“Essa porcentagem é um demonstrativo de como ainda há oportunidades para as marcas no Brasil. Quando a situação econômica do País melhorar, não tenho dúvidas que atrairemos muitas marcas internacionais. Isso é ótimo para o mercado porque atrai diversidade e competitividade”, completa.
Crescimento
O número de unidades de franquias deve continuar crescer entre 4% e 5% este ano, ainda segundo a estimativa da ABF. O principal motivo é a expansão das franquias pelo território brasileiro. Atualmente existem lojas distribuídas em 42% do País.
“Expandir para interior e em cidades menores é uma tendência que vem forte a partir desse ano. Isso porque nos últimos anos, devido ao processo de inovação das próprias empresas, novos produtos e serviços surgiram, assim como outros canais de vendas como food-trucks, home bases entre outros. Essas novas características facilitam a chegada em outras regiões”, completa o presidente da ABF.
O número de empregos também deve crescer timidamente a partir deste ano. Ano passado o País fechou com 1,192 milhões de empregos diretos, mantendo-se estável em relação a 2015.
Fonte: Novarejo