A última crise que abalou o mundo aconteceu em 2008 e teve início, meio e fim no ambiente financeiro. Indiretamente, impactou a economia global e, posteriormente, a vida das pessoas. Na maioria dos países, em especial os desenvolvidos, por volta de 2013 os grandes abalos causados pela crise já haviam sido dominados e superados. “Hoje vivemos um momento totalmente diferente: a mola propulsora da crise que já se iniciou está na essência do ser humano, em sua saúde, sem discriminação de classe social, gênero ou nacionalidade”, comenta Luiz Goes, sócio-diretor da Lytics, que produz o Snapshot SBVC, relatório mensal com uma análise do desempenho da economia brasileira.
Na opinião de Góes, a rápida disseminação do vírus levou as consequências rapidamente para o mundo financeiro e criou um “cisne negro”: um evento imprevisível que chacoalha o universo dos negócios. “Infelizmente, salvo os ganhos da solidariedade entre os homens de bem e o treinamento para outros momentos de catástrofe global, o mundo não sairá com nada de positivo deste período que, esperamos, durará pouco meses”, afirma.
O impacto vem sendo sentido pelo varejo. Dados da Cielo mostram que houve uma queda de 6% na segunda semana de março (na comparação com fevereiro) em todo o País, recuo que chegou a 8,2% na cidade de São Paulo. A estocagem de alimentos e remédios levou farmácias e super/hipermercados a ter um desempenho 15% superior no período. Por outro lado, turismo e transporte despencaram 41%.
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Fonte: Redação