A Netfarma, uma das poucas farmácias puramente virtuais do Brasil, estuda se transformar, no longo prazo, em um marketplace. A ideia é se tornar um canal de integração da indústria e das drogarias físicas com os consumidores.
O CEO da empresa, Walter Cardozo Neto, afirmou ao DCI que vê com bons olhos a criação de um marketplace exclusivo do setor de saúde e beleza – algo que ainda não existe no País. “A ideia é que nos tornássemos um markeplace interligando a indústria e as farmácias físicas com os consumidores e criando um grande ecossistema de saúde e beleza. Mas é algo que pensámos para o longo prazo.”
Segundo ele, o projeto da empresa ainda é um esboço, mas a ideia é começar a implementar em um horizonte de mais ou menos três anos. “Sabemos que existem várias pequenas iniciativas nesse sentido, mas que não tem capital suficiente”, acrescenta.
Com a transformação da empresa em marketplace, seria possível, segundo Cardozo, desenvolver uma estratégia omnichannel, impossível na estrutura atual da companhia.
BreakevenO executivo explicou também que a empresa tem feito um trabalho intenso para atingir o breakeven. O objetivo é que ao final deste ano a varejista virtual já comece a dar lucro. A dificuldade de operar no azul é uma constante no setor de comércio eletrônico, e boa parte das empresas que operam apenas no virtual ainda não conseguiram atingir a marca.
“Um e-commrece leva em média sete anos para se tornar lucrativo, nos queremos atingir isso em seis anos, um pouco antes do mercado. E em parte porque ano passado fizemos um investimento forte com foco em rentabilidade, enxugando a empresa”, diz o executivo.
O esforço gerou um impacto no faturamento da empresa, que fechou o ano passado com uma pequena retração nas vendas. “Demos muito foco para o aumento da rentabilidade e, por consequência nosso faturamento diminuiu um pouco. Sentimos também ainda algum efeito da crise econômica, mas agora já começamos a ver o mercado apresentando ligeira reversão.”
Fonte: DCI