A Nespresso começou a aceitar pagamentos por meio do PIX nas suas 33 lojas no Brasil.
A gigante de café em cápsulas tem planos ambiciosos para a tecnologia, esperando migrar até 70% das vendas de débito ou dinheiro para sistema de pagamento instantâneo nos próximos anos.
“O público terá a comodidade de realizar sua compra nas boutiques de forma descomplicada”, afirma Gabriel Nobre, head de Finanças e Tecnologia da Nespresso Brasil.
Além do PIX, a Nespresso aderiu recentemente ao PayPal e PicPay e tem intenções de seguir ampliando o número de meios de pagamento.
Inaugurado em novembro, o PIX movimentou em 2020 um total de R$ 150,3 bilhões, em cerca de 176 milhões de transações.
Até agora, a grande maioria dos pagamentos (85%) é entre pessoas físicas, mas isso deve mudar à medida em que mais empresas passem a aceitar pagamentos.
A partir de março, será possível incluir no PIX juros, multas, descontos e data de vencimento, o que transforma o meio em algo mais parecido com um boleto bancário.
Outra inovação prevista é a possibilidade de pagar em parcelas, como um cartão de crédito, com a diferença de que será necessário ter o dinheiro suficiente na conta para pagar a compra inteira.
Em 2019, de acordo com números divulgados pela pesquisa da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil, mais da metade dos brasileiros adultos – 53% – realizou compras parceladas.
Mesmo com todas as novidades, o novo sistema de pagamento não deve substituir os demais, acredita Gabriel Falk, product manager da fintech Juno.
“Acredito que todas essas soluções financeiras irão permanecer ativas, abrindo um grande leque de opções para o público”, afirma Falk.
O especialista cita como exemplo o cheque, que, mesmo em curva descendente, ainda movimenta muito dinheiro no país.
“Em um país tão grande e diverso, é comum que esses serviços se complementem, e isso acaba sendo muito saudável para o mercado”, conclui Falk.
Fonte: Baguete