Especialista afirma que esse tipo de empresa ignora a tendência de ser “orientada a dados” e ganha espaço por transformar insights em ações, de fato
O seu negócio é digital? Como a Domino’s Pizza, você percebe que não é um negócio de serviços ou produtos, mas ao invés disso é um negócio de software e dados que fornece produtos e serviços? Você explora todos os dados dos seus clientes para conhecê-los a fundo? Clientes estão indo até você porque você está proporcionando cada compromisso com eles no centro? Se a resposta para qualquer uma dessas questões for um audível “sim”, então você está perdendo receita e valor para o acionista. Isso é o que aponta Brian Hopkins, vice-presidente e analista principal da unidades de Enterprise Architecture da Forrester.
Na opinião dele, esse tipo de empresa seguem os padrões da tendência orientada a dados. Mas, de acordo com o especialista, companhias que se diferenciam – e as responsáveis por roubar seus clientes – são as empresas orientadas por meio de insights, ou as Insights-Driven Businesses, em inglês.
“[Essas empresas] concentram seus esforços em implementar insights – que é o conhecimento acionável no contexto de um processo ou decisão – no software que comanda todos os aspectos dos negócios”, explica Hopkins, complementando que essa é uma grande mudança para a maioria das empresas que se preocupam demais com dados e tecnologia. “Em vez disso, negócios orientados a insights estão focando em transformar insights em ações. Os pedaços de big data e tecnologia vem naturalmente, como consequência”, afirma.
Para avaliar o impacto econômico de negócios orientados a insights, explica Hopkins, a Forrester construiu um modelo de receita que prevê, de forma conservadora, que esse tipo de negócio irá representar cerca de US$ 400 bilhões em 2016. No entanto, até 2020, eles alcançarão um patamar de US$ 1,2 trilhão por ano, devido a uma taxa anual de crescimento composto surpreendente, que fica entre 27% e 40%.
“Dado que o crescimento global é inferior a 4%, como eles vão conseguir esse feito?”, indaga o especialista. “Vão alcançar pura e simplesmente por meio da compreensão de clientes de forma mais profunda e usando conhecimento para roubá-los [os clientes] de competidores.”
Empresas desse tipo ficaram conhecidas por suas disrupções, como Uber e Netflix. Mas, ressalta Hopkins, apesar de práticas inovadoras terem surgido com as chamadas nascidas do digital, essas mesmas práticas estão se espalhando por empresas tradicionais como Alaska Airlines e The Washington Post. “Todas as empresas podem fazer essas coisas se tiverem uma liderança”, sintetiza o especialista.
Para pertencer a esse grupo, Hopkins desenha quatro ações: operar em sistemas de circuito fechado de insights, casar com algoritmos e especialização, endereçar cada vez mais e mais dados, a fim de construir uma estrutura enorme ao longo do tempo; e investir estrategicamente na análise de dados, sempre começando pelo nível C.
Fonte: ITFórum 365