Apenas 8% das empresas participantes do estudo Panorama Mulher 2017 – a presença das mulheres na liderança das empresas, possuem uma mulher como presidente. A pesquisa foi elaborada pelo Insper em conjunto com a Talenses, consultoria de recrutamento executivo. O dado confirma o cenário já conhecido de desequilíbrio entre homens e mulheres nas mais altas posições dentro das companhias. No total, a pesquisa levou em conta 339 respondentes, empresas com sede no Brasil, na América do Norte e na Europa, de setores de atividade como serviços, indústria e comércio, entre outros.
Nem todas as empresas participantes do estudo possuem cargos de vice-presidências, diretorias ou mesmo conselhos de administração estabelecidos. Entretanto, para as empresas que possuem essas posições, a presença das mulheres é menor quando comparada à quantidade de homens. A pesquisa revelou que elas são 21% das pessoas em cargos de diretoria; representam 17% dos profissionais em cargos de vice-presidência e 9% dos conselheiros destas empresas.
Outro dado importante trazido pelo estudo é que em 52,5% das empresas participantes que possuem cargos de vice-presidência não há nenhuma mulher ocupando essa posição e em 62% das companhias que possuem conselhos de administração também não há mulheres como conselheiras. “É fundamental uma evolução das políticas de avaliação de funcionários, para que esses processos sejam cada vez mais justos entre os gêneros. A diversidade no ambiente corporativo e uma maior participação das mulheres em cargos de liderança potencializa o que as pessoas e empresas possuem de melhor e resultam em um diferencial competitivo”, diz Luiz Valente, CEO da Talenses.
Nacionais e estrangeiras
A nacionalidade da empresa também revela aspectos interessantes. Os dados confirmam que as empresas norte-americanas e europeias possuem mais mulheres como diretoras e vice-presidentes do que as brasileiras, mas quando observamos somente o conselho, apenas as norte-americanas apresentam uma diferença estatística que se destaca das demais: enquanto as norte-americanas têm, em média, 14% do conselho composto por mulheres, as brasileiras e europeias têm, respectivamente, 8% e 9%. “Este resultado é, em parte, surpreendente, pois as empresas europeias têm maiores chances de pertencerem a países que já impõe cotas mínimas de mulheres no conselho. Já as empresas norte-americanas trabalham com o conceito de incentivo para o aumento das mulheres na liderança por meio de metas individuais para a empresa”, explica Regina.
Fonte: Supermercado Moderno