Projeto desenvolvido por startup catarinense está sendo testado pela rede de supermercados em unidade de Londrina (PR)
Por Luana Rosales
O Super Muffato, grupo paranaense de supermercados, passou a aceitar biometria facial como forma de pagamento usando tecnologia da Payface, uma startup de Florianópolis.
Inicialmente disponível na unidade Madre, localizada em Londrina, no Paraná, o dispositivo já está implantado em todos os caixas da loja. Segundo a empresa, trata-se do primeiro supermercado do estado a oferecer a tecnologia.
“Ir ao supermercado sem levar nada; nem bolsa, ou carteira, não é mais coisa do futuro. Mais do que uma modernidade, uma opção de segurança nos tempos atuais, de cuidados e prevenção com a pandemia”, destaca Fabio Donadon, gerente de tecnologia do Super Muffato.
Para utilizar a solução, o consumidor deve baixar o aplicativo do Payface, cadastrar o cartão de crédito desejado e, na primeira compra, o CPF em qualquer um dos caixas. Depois disso, o reconhecimento facial pode ser utilizado para os pagamentos.
Fundado em 1974, o Grupo Muffato conta com 70 lojas entre varejo (Super Muffato) e atacarejo (Max Atacadista), dentre outros serviços, com 17 mil colaboradores diretos e 10 mil empregos indiretos. A rede atua em 26 cidades do Paraná e interior de São Paulo.
Recentemente, a Angeloni, maior rede de supermercados de Santa Catarina, também passou a aceitar biometria facial da Payface como forma de pagamento.
TECNOLOGIA EM ALTA
A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid) previa que o mercado brasileiro para soluções de biometria em geral chegaria a R$ 1 bilhão até o final de 2020.
No ano passado, a Payface recebeu um aporte de R$ 3 milhões em rodada seed liderada pela empresa BRQ Digital Solutions, o fundo Next A&M e a aceleradora Darwin Startups.
Também participaram grupos apoiados pela Harvard Angels e Nikkey Empreendedores do Brasil (NEB), além de investidores individuais, como Conrado Engel, ex-presidente do HSBC no Brasil.
A Payface foi fundada em 2018, em Florianópolis, por Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche, que já haviam empreendido antes em outras startups.
Em 2012, Isoppo participou da fundação da Aquarela, startup de Big Data, e, em 2014, criou o H2App, aplicativo para compra de galões de água sem sair de casa. Este último foi vendido para os acionistas de uma indústria de água mineral do sul do país.
Já Fritsche havia cofundado a Meritt em 2009, edtech que tem o objetivo de usar a inteligência no uso de dados para melhorar o processo de ensino e aprendizado dos alunos.
Fonte: Baguete