Entidades do varejo físico pretendem mudar a data da Black Friday para Setembro com o intuito de afastar a data das vendas de Natal, é o que discute a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), e Associação Brasileira de Franchising (ABF), há cerca de três meses. Entretanto, a ideia parece não ser aceita pelo comércio eletrônico, que entende que a modificação seria extremamente prejudicial ao setor. Ao todo, já foram realizadas três reuniões para debater o tema – com a presença de 45 empresários -, e mais uma deve ocorrer ainda nos próximos meses. A intenção é que a mudança só passe a valer a partir de 2018. “Fazer a Black Friday em novembro é queimar margens em um momento em que não é necessário, já que o consumidor iria comprar de qualquer forma. Se for para queimar margem é mais interessante que isso ocorra em um mês em que o brasileiro não tenderia a consumir, como setembro”, afirma André Friedheim, diretor internacional da ABF.
E-Commerce Resistente
Porém, a Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net), entidade cujos associados representam cerca de 90% do faturamento do e-commerce, defende a manutenção da Black Friday em novembro. A entidade afirma que está aberta a participar das próximas reuniões, mas que o tema foi levado ao conselho da camara-e.net e a decisão já foi tomada. “A Black Friday foi trazida pelo e-commerce e, independente do varejo físico mudar, vamos continuar fazendo em novembro”, conclui diretor de comunicação da camara-e.net, Gerson Rolim.
Fonte: GiroNews