As lojas de varejo dos Estados Unidos estão cortando empregos no ritmo mais elevado em sete anos, evidência de uma mudança aparentemente inexorável.
Houve 60,6 mil demissões nos últimos dois meses. E elas têm menos a ver com a saúde do consumidor norte-americano e mais com as mudanças de hábitos de compra. Na era da Amazon, lojas tradicionais como Jc. Penney e Macy’s aceleraram o fechamento de lojas e estão com cada vez menos funcionários.
Os cortes no setor são relativamente pequenos frente à economia do país como um todo. Mas para os americanos buscando uma porta de entrada no mercado de trabalho, a notícia é um obstáculo. Contratos em lojas de comércio representam um terço dos primeiros trabalhos de jovens nos Estados Unidos.
As lojas físicas representam atualmente 10,9% da mão de obra ocupada, ante 11,6% em 2000, diz Michael Niemira, diretor da empresa de pesquisa The Retail Economist.
“(A redução) é principalmente por conta do impacto das vendas online e da forma como os consumidores estão comprando, de maneira muito diferente do que no passado”, disse Niemira. “É difícil para a indústria ir bem consistentemente”.