“Assumi como missão pessoal formar uma nova geração de empreendedores no Brasil”, afirma o fundador da maior rede de ensino de idiomas do mundo e um dos mais destacados empresários do País, Carlos Wizard Martins. Em conversa com Thaís Herédia para o canal UM BRASIL, ele comenta perspectivas do empreendedorismo no momento de recuperação da economia brasileira.
Na entrevista, ele fala também sobre as atividades da Aloha Life, empresa que fundou ao lado das filhas para criar uma nova geração de empreendedores no País.
“A pessoa que não tem R$ 2 milhões para investir em uma franquia Taco Bell, ou R$ 250 mil para abrir uma escola de idiomas Wise Up, mas tem R$ 1 mil ou R$ 2 mil, pode participar do Aloha, que dá uma fonte de renda extra e pode se tornar um negócio muito lucrativo no médio e longo prazos”, explica Wizard, sobre seu investimento na área de responsabilidade social. “Por isso, digo que é um projeto de qualificação, orientação e, acima de tudo, formação de novos empreendedores”, conclui.
Segundo ele, o Aloha é o maior projeto de empreendedorismo social do País, e irá premiar 10 mil novos empreendedores por meio de um modelo de distribuição conhecido como “marketing de relacionamento”. “Temos, em quatro meses de funcionamento, 5 mil empreendedores cadastrados”, conta. “Com o incentivo das minhas filhas, investimos nesse projeto, que é mais de cunho social do que para aumentar o patrimônio do grupo. Penso que o sucesso só é sucesso quando compartilhado.”
Acerca das perspectivas para o próximo ano, ele se diz otimista. “A economia brasileira é cíclica. Temos períodos que variam de 3 a 5 anos de êxitos, seguidos de períodos recessivos, como o que estamos passando hoje. No entanto, todos os indicadores estão apontando para um 2018 muito favorável”, diz. “Historicamente, em ano de eleições, o emprego cresce, a indústria fatura, e a economia gira de maneira mais veloz.”
Sobre empreender no Brasil, ele defende que existem dois tipos de empreendedores: os que o fazem por oportunidade, com certo capital e pesquisa o mercado; e os empreendedores que por necessidade, ou seja, aqueles que estão fora do mercado, não conseguiram se realocar em uma empresa e partem para um projeto pessoal em busca de geração de renda. “Acredito que, independentemente de empreender por necessidade ou oportunidade, o momento é favorável, pois estamos justamente entrando para um cenário que aponta para uma retomada, e isso gera uma expectativa positiva”, observa o empresário.
Segundo ele, o Brasil é um país que, apesar de oferecer grandes oportunidades para prestadores profissionais de serviços, também é fraco para oferecer serviços em todos os setores. “O empreendedor que se predispuser a montar um negócio e tiver como estratégia o bom atendimento do cliente, já tem um diferencial muito forte perante a concorrência”.
Para Wizard, é importante notar também que, depois do momento recessivo que o País atravessou, quando surge uma melhora, a prioridade de muita gente é quitar as dívidas do cheque especial ou do cartão de crédito. “São os dois elementos que mais deterioram a capacidade financeira de uma família. A partir daí, a pessoa tem as escolhas de consumo com educação, alimentação e lazer”, afirma.
Fonte: Newtrade