O varejo está em constante transformação e comprar online por meio de sites e aplicativos, já é uma prática comum entre muitos brasileiros. De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o mercado de e-commerce deve crescer 16%, atingindo R$ 79,9 bilhões em comercializações neste ano. Operando uma plataforma que movimenta de mais de R$ 275 milhões em vendas por ano, a Nuvem Shop fez um levantamento de como foi o consumo dos brasileiros nos primeiros três meses do ano, baseada nas marcas que fazem uso de seu serviço.
No primeiro trimestre de 2019, considerando as transações realizadas por desktop, o segmento de Moda dominou o mercado e foi responsável por quase R$ 13 milhões do volume bruto de transações (GMV) – um crescimento de 35% em comparação com o primeiro trimestre de 2018 (R$ 9,5 milhões). Na sequência, o destaque fica com os setores de Saúde e Beleza, que cresceu 68% e atingiu R$ 4 milhões em vendas; e Casa e Jardim, cujas vendas decaíram 0,15%, fechando o trimestre com o volume total de transações em R$ 1,7 milhões, via desktop.
Nas vendas mobile, o cenário não foi diferente e o segmento de Moda também foi o grande campeão, com um volume de transações de quase R$24,5 milhões, que representa um crescimento de 110,37% comparado ao primeiro tri de 2018. A segunda posição ficou com Saúde e Beleza – que cresceu 135,78% e alcançou um volume de vendas de mais de R$ 5,5 milhões. Para fechar, a vertical Casa e Jardim teve um total de quase R$ 2 milhões em transações via dispositivos móveis, representando um incremento de 35% em relação ao mesmo período de 2018.
“A ascensão do mobile e das vendas via redes sociais tornou-se muito significativa nos últimos tempos. Isto acontece, já que muitos lojistas estão se empenhando cada vez mais em atualizar suas lojas ao modelo mobile e investindo em maneiras de otimizar e atrair consumidores para os aplicativos e também para as redes sociais”, explica o Co-fundador da Nuvem Shop, Alejandro Vázquez.
Comparativo de vendas online
Os setores que mais cresceram em vendas no primeiro trimestre 2019 em comparação com o mesmo período de 2018, foi o de Antiguidades, com o incremento de 219,64%; seguido de Materiais de Escritório, 194,48%; Educação, 187,89%; e Livraria, 179,07%. No cenário comparativo de vendas mobile, o segmento de Material de Escritório obteve o maior crescimento, alcançando 922,23%; seguido de Educação, 723,79% e Livraria 445,30%.
No primeiro trimestre de 2019, o volume total de vendas (contemplando mobile e desktop) do segmento de Moda atingiu mais de R$ 37 milhões – um crescimento de 76,60% comparado ao mesmo período de 2018 (R$ 21 milhões) -, seguido de Saúde e Beleza, com crescimento de 101,56%, e mais de R$ 9,5 milhões em vendas; e Casa e Jardim, com incremento de 5,27%, e mais de R$ 3,5 milhões em transações online. Já o ticket médio de Moda no primeiro trimestre de 2019 foi de R$ 191 um decréscimo de -14,03% em relação ao mesmo período em 2018. Na sequência, Saúde e Beleza atingiu R$ 205 representando um crescimento de 5,40%; e Casa e Jardim alcançou R$ 297 em vendas, um decréscimo de -1,08%.
Ranking de vendas no comércio eletrônico
Tendências de consumo e o futuro do e-commerce
De acordo com Vázquez, o comércio digital continuará a evoluir nos próximos anos. Entre as apostas que servirão de norte para as próximas estratégias do comércio eletrônico, o destaque é a consolidação das compras via redes sociais. “Ao analisar o comportamento dos compradores virtuais, fica evidente como as vendas sociais são as mais promissoras no mercado digital”. Além disso, o especialista ressalta que estamos na era da assistência, na qual as buscas tornaram-se conversas e, numa espécie de sistema de recomendações, os consumidores não procuram apenas produtos, mas conselhos. “A automação transformou-se em um dos grandes pilares de um negócio. Assistentes virtuais, como a Alexa (da Amazon) e a Siri (da Apple), hoje servem de meio condutor para compreender melhor o público-alvo. Por isso, o mercado precisa adaptar-se para prever o que os clientes vão gostar e querer”, explica. Em 2018, segundo a Adobe, apenas 15% das empresas usaram automação, mas em 2019, esse margem poderá subir para 31%.
Fonte: Novarejo