“A moda que a gente conhece está fora de moda”, diz presidente da C&A

Segundo ele, se reinventar é uma capacidade que precisa ser ainda adquirida pelas pessoas. “Vivemos em uma metamorfose ambulante, que vem provocando uma disrupção na forma como a sociedade se relaciona. E como isso fica no mundo da moda? A moda do jeito que a gente conhece está fora de moda”, alertou. A ampla disponibilidade de informações, a velocidade com que as coisas acontecem e a infinidade de opções são pontos importantes que estão contribuindo com essa mudança de comportamento, e, portanto, impactando diretamente nos negócios. “É preciso construir e conectar uma causa maior do que simplesmente vender. Por que a gente existe? Por que a gente é relevante para a sociedade?”, ressaltou Correa, justificando assim o propósito atual da companhia: a moda como uma forma do indivíduo se expressar para o mundo. E a C&A, neste cenário, se posiciona como uma plataforma de alternativas para as pessoas, sem rótulos, sem preconceitos, sem glamour.

O presidente apresentou cases e exemplos práticos de ações da companhia na construção dessa plataforma, que levou em consideração o fato do cliente estar no comando e exigir cada vez mais experiências de compra, transparência e conteúdo relevante, sem falar na jornada integrada dos consumidores, que estão ao mesmo tempo on-line e off-line. Nesse cenário, ele sugere aos empreendedores da moda que apresentem sempre diferentes propostas. “Aquilo que está funcionando mais, se repete. É preciso dar foco naquilo que as pessoas estão querendo e pedindo”, concluiu. A C&A, cadeia internacional de lojas de vestuário, é uma empresa familiar, com 176 anos de existência. Com presença global, a companhia está na sexta geração de sócios, sempre com foco na capacidade de se reinventar.