Diante de um consumidor que busca preços compatíveis com o orçamento familiar mas não abre mão de certos produtos, o Grupo GPA aposta em duas frentes: enquanto o Assaí supre a demanda por preços melhores, as bandeiras de proximidade absorvem as demandas por compras singulares, principalmente nos grandes centros urbanos.
De acordo com os dados divulgados ontem (15) pelo Grupo GPA, no terceiro trimestre deste ano, sobre o mesmo período de 2017, o atacarejo Assaí cresceu 25% em vendas, atingindo R$ 6,4 bilhões. Além disso, foram verificados ganhos em market share 1,9 ponto percentual na bandeira cash and carry, 1,9 p.p.
Segundo o GPA, o faturamento bruto no período foi a R$ 13,3 bilhões, avanço de 12,8% na comparação anual (veja mais no infográfico).
Por meio de nota, o Grupo GPA destacou que “as 19 lojas abertas têm apresentado o melhor desempenho de vendas por m² nos últimos cinco anos e contribuíram para o acréscimo de mais de R$ 1 bilhão de receita sobre o ano anterior”. Atualmente, dez lojas no formato cash and carry estão em construção e uma em processo de inauguração.
“O consumidor teve que abrir mão de alguns hábitos durante o período de crise. Nesse sentido, o atacarejo surge como uma opção econômica para o abastecimento dos lares com a venda de produtos mais básicos a um preço menor”, afirmou o sócio-fundador da consultoria de varejo Inteligência360, Olegário Araújo.
Para ele, o processo de expansão das lojas Assaí deve beneficiar as vendas do Grupo GPA como um todo por apresentar um aspecto de “complementariedade” entre as propostas e formatos de negócio.
“Nós vemos uma combinação entre o formato de atacarejo e o supermercado tradicional. O cash and carry não consegue atender todas as necessidades do consumidor, já que esse modelo está mais associado à aquisição em maior volume de produtos básicos e outra frequência de compra”, declarou Araújo.
Com isso, ele pontua também que a expansão dos formatos mais enxutos de supermercado – como as bandeiras Minuto Pão de Açúcar e Minimercado Extra – absorvem as demandas regionais, tendo em vista o maior nível de capilaridade de tais negócios. “A loja de ‘vizinhança’ avança nos grandes centros urbanos por conta da densidade demográfica dessas regiões. Isso também reflete uma adequação ao novo perfil do consumidor em diferentes locais”, afirmou ele, destacando o fato de que esses negócios com atuação regional adaptam o portfólio de acordo com demandas específicas.
Sobre a importância desses negócios, o Grupo GPA disse, por meio de nota, que “os formatos de ‘proximidade’ apresentam expressivo crescimento na categoria de ‘mesmas lojas’ como resultado do trabalho de ajustes de sortimento em função do bairro e cluster, adequação operacional e reativação das promoções.”
Fonte: DCI