O e-commerce de móveis Meu Móvel de Madeira (MMM) anunciou, neste domingo (11), a aquisição integral da Oppa, empresa paulista que atua no mesmo segmento, mas com um foco maior em design.
Ronald Heinrichs, proprietário e chefe de cultura e criatividade da MMM, disse que, por contrato de confidencialidade com os fundos que detinham a Oppa, não pode revelar alguns detalhes do negócio, como valores. “O que posso dizer é que a Meu Móvel de Madeira realmente compra a operação [da Oppa] e assume ela sozinha daqui para frente, passando a ter total autonomia. Não é uma fusão, não é uma parceria; é uma compra”, explicou.
A Meu Móvel de Madeira foi aberta em 2006 e tem sede na cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina. Em 2012, Heinrichs, que na época era diretor de uma unidade de negócios da Celulose Irani, comprou a empresa dos antigos donos junto com sua esposa. Até hoje, eles detêm 100% da MMM.
A Oppa foi inaugurada em 2011 apostando em um modelo de e-commerce sem estoque. No ano seguinte, recebeu um investimento de Peter Thiel, o bilionário cofundador do PayPal, e dos fundos de investimentos Monashees Capital e Kaszek Ventures.
Heinrichs contou que a iniciativa do negócio partiu dos fundos que controlavam a Oppa. Embora abordagens já tivessem sido feitas há alguns anos, foi no final de 2017 que “recebemos uma ligação deles tentando ver se existia alguma possibilidade de sinergia”, relembrou. As conversas foram, segundo o executivo, “rápidas e muito profundas”, o que permitiu que em menos de um mês as duas empresas chegassem a termos comuns para fechar o negócio.
Operação conjunta, marcas independentes
“Sim, existe uma diferença de cultura grande entre as empresas”, confessou Heinrichs. Ele espera identificar os pontos fortes da cultura de cada empresa para estendê-los à outra.
Sobre a Oppa, disse que “ela tem uma pegada de design muito boa, um posicionamento de marca muito forte; é uma marca muito querida”. Da Meu Móvel de Madeira, Heinrichs pretende aplicar o atendimento ao cliente, a eficiência logística e a preocupação com o cliente final.
“É uma oportunidade incrível para fazer com que as duas operações tenham uma sinergia e, ao mesmo tempo, um impacto muito grande no mercado”, disse.
Para o cliente, as duas marcas seguirão independentes. “Elas são muito complementares. Cada uma tem seu público distinto e um visual, para o mercado, distinto. Manteremos as equipes de marketing e design separadas, para que nenhuma marca perca a sua identidade. Dentro da operação, em termos de logística, finanças, recursos humanos e coisas do gênero, nós atuaremos como uma empresa só”.
Fonte: Gazeta do Povo