Os fornos não têm sossego na estação da Luz. Na loja de Lucas de Souza, 23, o entra e sai de clientes é incessante. A maioria deles em busca de uma porção de dez minipães de queijo a R$ 1,99. A loja é um dos 374 pontos de venda nas estações e terminais de ônibus vinculados ao Metrô de São Paulo.
O número qualificaria o Metrô a ser o quinto maior centro de compras da cidade, com mais lojas que os shoppings Eldorado e Iguatemi. Além disso, o Metrô tem conseguido aumentar a eficiência na arrecadação do aluguel de espaços em estações e terminais de ônibus.
De janeiro a abril de 2019, arrecadou R$ 19,6 milhões com esses serviços. O valor é 8% maior do que o mesmo período de 2018, que era recorde. O resultado de 2019 é praticamente o dobro do mesmo período de 2014.
Ainda que o valor seja pequeno diante dos R$ 2 bilhões de receitas tarifárias anuais, o recurso ajuda a dar folga no orçamento para a operação das quatro linhas geridas pela estatal, diz a empresa.
O presidente do Metrô, Silvani Alves Pereira, explica que quase toda a receita vem da tarifa paga pelo usuário. O recurso é responsável pela operação e manutenção das linhas.