O MercadoLibre está de olho na presença física e continua confiante de que conseguirá enfrentar a Amazon. A maior empresa da Argentina, que é uma das maiores varejistas de comércio eletrônico da América Latina, afirma que se sente confiante de que conseguirá lidar com rivais com suas quase duas décadas de experiência trabalhando em 13 países, disse Marcos Galperin, CEO do MercadoLibre, em entrevista à Bloomberg Television.
O MercadoLibre pretende consolidar sua posição e fidelizar o consumidor num momento em que a Amazon.com prepara uma expansão no Brasil que assustou os investidores.
“Nossa maneira de competir e ter sucesso é analisar todos os jogadores, ver o que eles têm que consideramos ótimo, e, se pudermos, vamos incorporar isso a nosso modelo, mas principalmente, jogaremos nosso jogo”, disse Galperin na conferência de Sun Valley da Allen & Co., em uma analogia com o campeonato mundial de futebol deste ano. “Como vocês sabem, estamos vendo a Copa do Mundo: tentamos jogar nosso jogo, usar nossas vantagens e nossos pontos fortes. Temos uma grande rede de vendedores, uma grande marca, estamos investindo muito e já temos escala.”
A companhia também está apostando em investimentos na presença física para melhorar o serviço. No início deste ano, o MercadoLibre anunciou uma parceria para estabelecer um centro de distribuição de 38.000 metros quadrados na região da grande Buenos Aires. Além disso, a empresa, que fornece empréstimos a comerciantes e plataformas de processamento de pagamentos, está trabalhando em uma carteira digital que oferece retornos sobre o dinheiro restante, disse Galperin. A infraestrutura – notoriamente deficiente na América Latina – também é uma prioridade.
“Estamos muito concentrados em construir nossa própria infraestrutura de logística e de atendimento”, disse ele. “Nos próximos anos, é nisso que vamos investir.”
O MercadoLibre, que registrou receita de US$ 321 milhões no primeiro trimestre, tem as maiores margens brutas em comparação com as rivais de maior porte, Amazon e B2W Cia, segundo dados compilados pela Bloomberg. A empresa espera que a publicidade cresça à medida que os comerciantes tentem impulsionar as vendas dentro da plataforma, acrescentou.
Fonte: Valor Econômico