O varejo destinado aos pets é daqueles que, em meio à crise, não deixaram de crescer. Segundo a Associação Nacional dos Distribuidores de Produtos Pet (Andipet), no ano de 2016 o segmento avançou 6%. Para 2017, a projeção é de um crescimento em torno de 4%. Mas por que esse mercado vem se destacando? É o que explica Paulo Cesar Maciel, vice-presidente da Andipet, em entrevista exclusiva para o Jornal Giro News. “A explicação desse crescimento é baseada no comportamento humano. Menos filhos, mais cães. Nas famílias que têm filhos, os cães são tratados como um dos membros da família. Além disso as pessoas se sentem muito sozinhas, principalmente nas grandes cidades, e os cães e gatos passam a ser bons companheiros”. Atualmente, o segmento conta com 50 mil pontos de venda específicos – apenas pet shops.
Mercado em Evolução e Mais Saudável
Maciel ressalta que o varejo nacional de animais de estimação tem passado por um momento de transformação: “o mercado está amadurecendo. O dono do pet está aprendendo a cuidar melhor dele. Então isso favorece produtos que estimulam a saúde e o desenvolvimento do pet. Alimentos que tem algum componente que não fazem bem, esses alimentos tendem a sumir do mercado e o Brasil tem bastante. Porém existe uma restrição de renda. Os alimentos mais bem elaborados são mais caros e nem todos têm acesso”.
Até Onde Vai o Mercado Pet no Brasil?
O vice-presidente tem a expectativa que o mercado brasileiro tenha sua projeção semelhante aos grandes mercados. “Na Europa e Estados Unidos já tem mais gatos do que cães. No Brasil, isso deve acontecer até 2030” explica. Maciel ainda acredita que o país tem muito a se desenvolver: “hoje no Brasil tem 35 milhões de cães para 22 milhões de gatos, depois vem os peixes, seguido das aves. O mercado pet tem muito a crescer no Brasil: é a segunda população pet do mundo e apenas o terceiro faturamento. Nós ainda vamos galgar muito. Mas dos Estados Unidos ninguém passa”.
Fonte: GiroNews