A Mercado Coin está disponível para 500 mil usuários e pode ser recebida ou usada apenas em produtos selecionados, no Brasil. Este número será ampliado diariamente
Por Gustavo Drullis
O Mercado Livre lançou nesta quinta-feira, 18, sua criptomoeda, chamada Mercado Coin, integrada ao ecossistema do marketplace e ao banco digital Mercado Pago. Dada aos compradores como recompensa em compras no site, ela pode ser utilizada como forma de pagamento, em uma espécie de sistema de cashback. Sua criação faz parte de uma estratégia de evolução do programa de fidelidade do site.
A partir desta quinta-feira, 18, a Mercado Coin está disponível para 500 mil usuários e pode ser recebida ou usada apenas em produtos selecionados, no Brasil. Este número será ampliado diariamente – até o fim de agosto, a expectativa é que todos os 80 milhões de clientes do marketplace tenham acesso ao recurso, no País. No futuro, a moeda será expandida para outros países em que o Mercado Livre atua.
Na hora da compra, as moedas podem ser usadas como meio de pagamento integral ou combinadas a outras formas. Elas são cumulativas e não possuem prazo de validade. Em datas especiais, como Dia das Mães, Dia dos Pais e Black Friday, haverá campanhas específicas.
Em coletiva de imprensa, Guilherme Cohn, gerente sênior de desenvolvimento corporativo do Mercado Livre, não revelou qual é a quantidade inicial de criptomoedas disponíveis, porém disse que a companhia não pretende emitir novos lotes, já que isso poderia interferir no seu valor. Sua distribuição é diretamente afetada pelo volume de compras no marketplace, pois elas são dadas na compra. Seu valor inicial é de US$ 0,10 por unidade, mas está sujeito a variação, conforme oferta e demanda.
Na fase inicial de implementação do recurso, os vendedores não terão nenhum benefício. Mesmo que compradores optem por utilizar a moeda como meio de pagamento, quem vende recebe em moeda local. No entanto, existe a possibilidade de que futuramente outros tipos de incentivos envolvam os 10 milhões de vendedores da plataforma, de acordo com Cohn.
Além de ser utilizada no marketplace, a Mercado Coin poderá ser comprada e vendida por moeda local, dentro do Mercado Pago, assim como acumulada. Não será preciso ter conta no banco digital para usá-la. Atualmente, é possível comprar e vender as criptomoedas Bitcoin, Ethereum e USDP, no Mercado Pago. Segundo Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, 2 milhões de pessoas já transacionaram criptomoedas por lá.
Futuro
No momento, a circulação da Mercado Coin está restrita ao marketplace e ao Mercado Pago, mas há planos para expansão. “Você vai poder transferir para outras wallets. Com isso, em qualquer lugar que aceite criptomoeda você vai poder fazer uma transferência, no futuro. Muitas possibilidades se abrem”, revelou Yunes. A moeda da plataforma foi desenvolvida no padrão de token ERC-20, na blockchain da Ethereum, o que garante sua segurança e conformidade às leis, impedindo seu uso indevido.
“É difícil falar sobre o longo prazo. Hoje, a gente está anunciando o lançamento dessa criptomoeda com um uso ecossistêmico muito forte. Naturalmente, olhamos para as possibilidades futuras dessa criptomoeda, mas todo o desenvolvimento vai ser muito pautado nos casos de uso que os nossos clientes estão pedindo e na segurança e estabilidade”, contou Cohn sobre a estratégia da empresa.
Fonte: Mobile Time