Captação de US$ 1,5 bilhão dá fôlego à companhia para continuar investindo na construção de um ecossistema que garanta crescimento
Por Felipe Laurence
Após a oferta de ações de US$ 1,55 bilhão que o Mercado Livre levantou há alguns dias, a empresa tem o maior “poder de fogo” no segmento de comércio eletrônico do Brasil para continuar a investir na construção de um ecossistema que garanta crescimento, diz o Credit Suisse.
No entanto, o banco suíço destaca que as empresas precisam ter cautela ao usar dinheiro por conta do cenário atual. Os analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto escrevem que o segmento historicamente consome caixa e isso não deve mudar no futuro próximo.
“Continuamos a acreditar que o curto prazo é desafiador para as empresas do setor, com crescimento sem brilho e lojas físicas e comparações anuais complicadas em categorias chave”, diz o banco. Apesar disso, o aumento da penetração do comércio eletrônico deixa o setor atrativo para 2022.
O Credit Suisse também aponta que, ao contrário do Mercado Livre, uma oferta para levantar a mesma quantia causaria forte diluição nos acionistas de Magazine Luiza, Americanas e Via Varejo, o que reduz as chances de acessarem o mercado.
“Não estamos dizendo que essas companhias não vão a mercado, mas se e quando o fizerem, será mais dilutiva do que foi para Mercado Livre. A queda recente nas ações aumenta a importância do uso cauteloso de dinheiro”, comentam.
Fonte: Valor Investe