Em cerimônia que ocorreu nesta manhã, NOVAREJO e o Great Place To Work reconheceram as redes com as melhores práticas em gestão de pessoas.
Durante evento que ocorreu nesta manhã, em São Paulo, executivos e funcionários de 50 redes de varejo se uniram para receber o reconhecimento pelas práticas que têm em gestão de pessoas. O reconhecimento é fruto do estudo Melhores Empresas para Trabalhar GPTW NOVAREJO 2016, realizado a partir da parceria inédita da revista NOVAREJO com a consultoria global Great Place to Work. “O jurado desse processo é um júri super rigoroso, que são os quase 200 mil funcionários das empresas participantes dessa pesquisa. E para chegar nesse resultado final, vocês passaram por um filtro muito rigoroso”, afirmou Ruy Shiozawa, presidente do Great Place to Work Brasil, durante a abertura do evento.
Esta é a terceira edição do ranking que, neste ano, teve 123 empresas inscritas, das quais 50 passaram para a lista das melhores do setor. Neste ano, foram reconhecidas companhias de duas categorias: Médias Empresas e Grandes Empresas. “Vocês são exemplo nesse setor. Lembrando que esta é a primeira lista de varejo no mundo”, afirmou Shiozawa. Mais do que exemplos, para Jacques Meir, diretor de Conhecimento e Plataformas de Conteúdo do Grupo Padrão, que edita NOVAREJO, as empresas listadas dão vazão a duas tendências que vêm se cristalizando mundo afora: a polarização e a imaterialização.
“Se algum analista falasse com vocês no final do ano passado que veríamos em um único ano as maiores manifestações populares da História desse País, que assistiríamos ao impeachment da presidente da República, que o Reino Unido iria votar a favor da sua saída da União Europeia, que os colombianos iriam votar contra o acordo de paz com as Farc e que Donald Trump seria eleito presidente dos EUA, vocês teriam dito que ele estava maluco”, refletiu. “Mas existem algumas características que norteiam esses fatos que devem ser consideradas, a polarização do nós contra eles e dos muros; e a imaterialização – as pessoas estão mais em busca de significados nas marcas, nos produtos, nas empresas, na política e sociedade”, afirmou.
É exatamente essa busca que faz com que as pessoas voltem sua atenção, cada vez mais, a empresas que caminham lado a lado com suas expectativas e valores. “As pessoas buscam algo que as represente e que as identifique. E esse é o mérito das 50 empresas da lista: elas conseguiram a proeza de dar aos colaboradores um propósito para suas vidas. E esse trabalho merece ser reconhecido, cultivado, apreciado e divulgado, porque o Brasil precisa desses exemplos”, disse.
De olho nas melhores
Não é apenas os funcionários e o mercado que ficam de olho em empresas com boas práticas de gestão de pessoas. Fornecedores do setor também abrem os olhos para companhias que mostram solidez e robustez em práticas de gestão de pessoas. “É sensacional estar entre as melhores empresas para trabalhar, ainda mais de um setor como o varejo que tem passado por fortes dificuldades”, afirmou Juliana Scaranello, diretora comercial da Hapvida Saúde, empresa que se especializou na oferta de serviços de saúde para o varejo. A empresa atua com rede própria de assistência médica na região Norte e Nordeste, e com rede credenciada de assistência odontológica no Brasil todo. Dos 3,3 milhões beneficiários da companhia, entre 40% a 50% são do setor de varejo.
A SAP também enxerga no setor oportunidades. “A gente entende que o varejo é o segundo maior empregador do País, depois do governo, e para as companhias pessoas são também o segundo maior custo, depois do custo da própria mercadoria”, afirmou Elia Chatah, Retail Principal na SAP Brasil. Para ajudá-las a equilibrar essa conta, a companhia tem diversas soluções para gestão de RH. “Temos um portfólio de soluções grande, como soluções de carreira e sucessão, que ajuda o varejo a entender quem é o próximo candidato para cargos estratégicos através de análise de performance e treinamento”, explicou. Segundo o executivo, muitas empresas adotaram soluções em nuvem, que tem implantação mais rápida. “Elas têm buscado cada vez mais soluções para cada vez maios atrair e reter talentos. Em varejo, muitos dos produtos são commodities. O que diferencia as empresas no final do dia são as pessoas, então quanto melhor o treinamento que você dá e melhor a escolha que você faz, mais eficiente e mais rentável você será”, afirmou.
Destaques Grandes Empresas
Na categoria Grandes Empresas, a Gazin ficou em primeiro lugar no ranking. “Hoje, eu sou diretor, mas iniciei como vendedor e a empresa tem essa característica de ser aberta e fazemos coisas lá que muita gente duvida”, afirma Júlio César da Silva, gerente de Negócios de Varejo da empresa, unidade que representa 50% do faturamento da companhia. “Olhamos os aspectos relacionados primeiro às pessoas e depois aos resultados, que são as consequências. Pessoas felizes produzem bons resultados. A gente tem esse trabalho muito aberto”, disse.
Na segunda colocação da categoria, apareceu a rede Magazine Luiza. Para Marcos Antônio Borges, gerente de divisão da rede, o fator que fez a companhia se destacar é o engajamento dos funcionários. “As pessoas produzem mais porque são mais felizes. Assim, no momento em que a economia está nesse processo todo, nós investimos muito nelas e colhemos o fruto. Na companhia temos vários benefícios exclusivos. Os nossos colaboradores reconhecem esse esforço e nos devolvem em resultados”, disse.
“Ser um dos maiores empregadores de jovens do Brasil e uma das melhores empresas para se trabalhar no País é um grande desafio e exige muita responsabilidade”, disse Juliana Satyro, responsável pela área de Atração e Seleção do McDonald’s, que ficou na terceira colocação da categoria. “Isso é um reconhecimento das ações que vêm sendo implementadas e do cuidado que temos com nossos funcionários tanto nos programas corporativos, quanto no dia a dia – desde a atenção no tratamento e no respeito entre todos os funcionários até a utilização dos feedbacks que recebemos para melhorar continuamente nossas ações”, completou.
No mesmo sentido, Leia Cardoso, gerente nacional de Recursos Humanos da companhia da Ancar Ivanhoe, acredita que o reconhecimento é uma validação do que a empresa vem fazendo na área. “Essa premiação nos reconhece dentro de uma indústria que é muito ampla. E só reforça todo o cuidado que temos tido com as pessoas. Somos uma empresa de gente que gosta de gente”, afirmou. Segundo ela, esse tema é ainda mais fundamental nos dias de hoje. “No cenário atual, você precisa despertar o melhor de cada um e fazer com que o colaborador esteja mais engajado, porque você tem uma estrutura super enxuta, mas de alta performance”, disse.
Foco no mesmo colaborador, com decisões tomadas de olho no bem estar do funcionário, é o grande driver do Pinheiro Supermercado, de acordo com Alexandre Pinheiro, diretor comercial e marketing da rede. Para ele, o desafio nesse sentido é sempre fazer coisas novas. “É sempre ver o que está acontecendo de bom para poder fortalecer e renovar essas ações, essas atitudes para que o colaborador esteja sempre na expectativa de ver algo novo”, diz. É dessa forma que a rede consegue resolver um problema bem presente em redes de supermercados e no varejo em geral: a rotatividade.
Para contornar essa questão o Mercadinhos São Luiz aposta na liderança e no desenvolvimento das pessoas. “Esses dois macro processos de gestão de pessoas precisam ter esse foco porque com eles juntos a gente consegue superar as dificuldades. Tem sido assim lá na empresa e acredito que no próximo ano a gente vai permanecer com esse foco, talvez de uma forma mais criativa, mas o foco é esse: desenvolvimento e engajamento”, afirmou Ana Paula Rocha Falcão, gerente de recursos humanos dos Mercadinhos São Luiz. Para ela, o reconhecimento enfatiza os esforços da companhia no cuidado das pessoas. “A importância do GPTW está exatamente no fato de que essa metodologia ajuda as empresas a se manterem no foco, a buscar um aperfeiçoamento contínuo e com isso todo mundo ganha”, disse.
O mesmo pensa Catharina Scarpellini Zema, sócia da Eletrozema, que também marcou presença no top 10 do ranking. “Meu pai é o CEO da empresa, e eu sempre acompanhei o desempenho dele em busca da satisfação dos colaboradores. No tempo de crise, eu vi meu pai muito estressado com as coisas que estavam acontecendo e ver que isso não afetou os colaboradores é muito importante”, afirmou.
Na Ale Combustíveis, a crise foi o momento para fortalecer o engajamento e a motivação das pessoas, disse Vladimir Barros, gerente executivo de RH da empresa. “Esse é o grande desafio”, disse. Para ele, o reconhecimento é mais do que a consequência do trabalho realizado pela empresa. “É a essência do que a gente acredita e acreditamos que investir em pessoas faz a diferença. É uma gratificação sermos reconhecidos naquilo que acreditamos e isso valoriza a marca e faz com que você melhore a reputação da empresa, atrai talentos e ajuda a reter as pessoas”, afirmou.
“Esse reconhecimento é mais significativo para o próprio colaborador do que para a empresa”, acredita Cynthia Serotti, diretora de Recursos Humanos da Leroy Merlin. “O efeito maior mesmo é o colaborador saber que trabalha em uma empresa onde ele também faz parte da construção desse ambiente. E quando ele sabe que está em um bom lugar, que ele está feliz, ele vai ficar melhor, vai também performar melhor e ai a gente entra em um círculo virtuoso de permanência das pessoas. O título pelo título ele é importante, mas o que ele traduz para mim é: os meus colaboradores estão mais felizes?”, disse a executiva.
Para Renata Ponini, assistente administrativa da Todimo Home Centers, ser reconhecido em tempos de crise tem um peso ainda maior. “A premiação acontece em um momento muito importante, ainda mais para o varejo. Penso que concede gás para os empresários e cria motivação para todos. Prêmio é uma motivação extra para os nossos gestores”, disse. “Ser considerada uma das melhores empresas para trabalhar demonstra o nosso esforço corporativo. A gestão de pessoas deve ocorrer o tempo todo, independentemente de crise”, considerou.
Destaques Médias Empresas
Na categoria Médias Empresas quem se destacou foi a Brasal Combustíveis, que garantiu a primeira colocação na categoria. “Isso reflete a nossa cultura de realização. A cultura de realização da Brasal é orientada em resultados, foco em inovação. A empresa visa difundir o espírito empreendedor e também motiva a fazer mais e melhor”, disse Alcene Bezerra da Silva, gerente geral da Brasal combustíveis. “No momento em que você tem várias empresas demitindo e freando os investimentos, eu digo que empresas com uma metodologia orientada a acompanhar os principais indicadores de bem estar do colaborador sentirão um pequeno impacto na crise”, avaliou.
Para Gilberto Costa, diretor comercial da Acal Home Centers, o reconhecimento mostra para os funcionários e também para o público externo que a empresa é sólida. “Entendemos há bastante tempo que precisávamos investir em pessoas e a gente vem trabalhando intensamente nesse quesito, e não apenas em pacotes de benefícios, mas em todo um ambiente de relacionamento muito positivo”, disse. Essa atenção às pessoas fez até a empresa mudar de slogan, que agora é “Acal Home Center – Sinta-se em Casa”.
Na Reserva, terceiro lugar da categoria, mais do que olhar para o funcionário, o importante é olhar para a pessoa. “Quando a gente fala de cuidado com o funcionário, a gente não fala apenas da proximidade com a liderança, mas da aproximação pessoal mesmo, de saber o que esse funcionário está passando além do profissional, porque a gente não vê diferença entre o pessoal e o profissional”, afirmou André Corrêa, coordenador de RH da empresa.
Na Newland Veículos, o funcionário é o maior patrimônio da empresa é o funcionário, segundo Luiz Teixeira de Carvalho, diretor-presidente do Grupo Newland. “Os colaboradores se sentem motivados para trabalhar na empresa, o que mostra para nós, diretores, que estamos no caminho correto. O colaborador está satisfeito, motivado e gostando da empresa. Isso faz toda a diferença”, afirmou. “Esse prêmio representa muito, principalmente porque é o próprio funcionário que diz que está satisfeito com a empresa”, disse.
Kleber Guedes, Gerente de TI da Ibyte, também coloca peso na satisfação dos funcionários. “Apesar de toda a diversidade e dificuldades do mercado, a equipe valoriza a empresa pelas condições que ela dá de trabalho, pelo comprometimento da gestão, pelo clima que a empresa incita. A gente acredita que esse é um diferencial da gente em relação ao mercado”, afirmou. Para ele, o fator essencial que fez a empresa ser reconhecida é o engajamento, de estar todo mundo ali fazendo parte do mesmo time. “Se a gente conseguir que o engajamento aumente cada vez mais para que elas consigam dar o seu melhor, vamos ter resultados”, avaliou.
Pelo terceiro ano seguido, a Dudalina foi reconhecida e, para Fabio Voelz, diretor de Gestão de Pessoas e Operações da marca, o resultado é fruto de um trabalho de toda a empresa. “É importante ser reconhecida por tratar bem as pessoas e ter a melhor produtividade possível, mesmo em tempos de crise”, disse. “Mais do que nunca, o momento precisa de pessoas engajadas e com sentimento de pertencimento. É nesse momento que precisamos ter as pessoas e toda a empresa como um objetivo comum. Por isso, a transparência e o relacionamento entre os envolvidos são fundamentais. O prêmio tem tudo a ver com isso e isso demonstra que temos o mesmo objetivo, mesmo em um cenário adverso”, enfatizou.
Na Orion, gestão de pessoas tem um papel muito importante na organização. Tanto que a empresa sempre persegue o reconhecimento do GPTW. “Olhar e estar próximo dos funcionários é a maneira como alcançamos os resultados. Estou emocionada, pois isso significa muito para nós. É um sonho pessoal e também da empresa, pois corremos atrás desse prêmio desde 2008”, disse, emocionada, Janete Regina Silveira Moreira, gerente de RH do Grupo. Para ela, o reconhecimento fará a diferença na motivação dos funcionários e dos colaboradores. “Afinal de contas, o prêmio é de todos eles e acredito que vai dar um gás na motivação para que possamos entrar em 2017 com esperança”, disse.
Para Henrique Ribeiro, diretor de Marketing e Desenvolvimento da Rivesa, o reconhecimento releva a consistência das práticas da companhia. “Essa constância faz com que a gente se perpetue e isso se deve à cultura organizacional”, afirmou. O resultado, disse, se reflete no bom atendimento ao cliente. “Para ter o cliente satisfeito, é preciso ter o colaborador satisfeito, porque se ele não estiver bem, ele não vai dar um bom atendimento”, explicou.
Diante do reconhecimento, Adriana Ferraz, analista de Recursos Humanos da BFFC, acredita que a companhia segue o caminho certo. Para ela, o olhar atento para o funcionário foi o que fez a rede ser considerada uma das melhores para trabalhar no varejo. “Acho que é o ambiente de trabalho e ética profissional. A valorização desses profissionais dentro da empresa, também olhar um pouco para a sociedade e para o meio ambiente”, disse. O desafio a partir de agora, segundo a executiva, é investir ainda mais em pessoas.
Confira a lista completa das melhores empresas para trabalhar, por categoria:
As melhores do varejo
Grandes Empresas
1. Gazin
2. Magazine Luiza
3. McDonald´s
4. Ancar Ivanhoe
5. Pinheiro Supermercado – O Bom Vizinho
6. Mercadinhos São Luiz
7. Eletrozema
8. Ale Combustíveis
9. Leroy Merlyn
10. Todimo Home Center
BR Home Centers
Brandili Têxtil
Calcenter Calçados
Comercial Buffon
Decathlon
Dicico – Sodimac
Extrabom Supermercados
Farmácias Pague Menos
Grupo Avenida
Grupo DPSP
Grupo Ramiro Campelo Comercio e Utilidades
Grupo Saga
Lojas MM
Lojas Riachuelo
Prezunic
Médias Empresas
1. Brasal Combustíveis
2. Acal
3. Reserva
4. Mc Donald’s (SC)
5. Newland Veículos
6. Ibyte
7. Dudalina
8. Orion
9. Rivesa
10. BFFC – Brazil Fast Food Corporation
4Bio Medicamentos
CNA – Inglês Definitivo
Dafel Comercial
Diferpan
Egali Intercâmbio
Farmácia Roval de Manipulações
iFood.com
Italiana Automóveis do Recife
Jaicar Auto Peças
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Fonte: NoVarejo