Varejista de moda fechou 12 lojas e reverteu lucro líquido de R$ 51,1 milhões de 2014
A varejista de moda Marisa entrou na lista das empresas que encerraram o ano passado com resultados ruins. A companhia acumulou prejuízo de R$ 35,8 milhões em 2015, revertendo um resultado positivo de R$ 51,1 milhões verificados em 2014.
O resultado ruim veio com queda de 4,6% na receita líquida da empresa. Considerando os resultados do quarto trimestre, a empresa verificou queda de 61,8% no lucro, com recuo de 9,1% na receita. As vendas das mesmas lojas – aquelas abertas há mais de um ano – caíram 8,6% nos últimos três meses de 2015.
O desempenho dos produtos e serviços financeiros da marca também contribuiu para a queda. A receita de juros do cartão private label teve queda de 8,1%. Já a receita de juros líquida do empréstimo pessoal diminuiu 19,6%. A participação dos Cartões Marisa no total das vendas caiu 4,6 ponto porcentual no último trimestre e alcançou 40% do total das vendas.
Apesar dos resultados ruins, a varejista afirma que o ano foi um momento de “ajustes”. “Tais ajustes, tomados antecipadamente e de forma proativa, mais que nos preparar para mais um ano desafiante no ambiente de consumo brasileiro, devem também acelerar o processo de recuperação da eficiência e da consistência operacionais, indispensáveis para a retomada do crescimento”, afirmou a varejista em relatório.
Segundo a varejista, os ajustes iniciaram ao final de 2014, a partir de quando uma série de iniciativas form implementadas – uma delas foi o fechamento de 12 lojas consideradas deficitárias pela marca e a descontinuidade das vendas diretas, aquelas feitas por catálogos. Além disso, a varejista redesenhou o programa de fidelidade, que agora é feito com a Netpoints.
Essas medidas, afirma a Marisa, devem representar economias adicionais recorrentes da ordem de R$ 80 milhões por ano.
Entre as notícias positivas estão a redução nominal de 8,5% nas despesas da empresa – o que gera uma economia de R$ 110 milhões. Além disso, os estoques caíram 11%, o que contribuiu para a geração de caixa. A geração de caixa operacional atingiu valor recorde, de cerca R$ 300 milhões, o que permitiu redução do endividamento líquido.