Empresas que atuam no Brasil deixam de lado o termo Black Friday por motivos variados, que vão de uma possível associação ao racismo até a cor do logotipo
Apesar da popularidade da Black Friday ser maior a cada ano no Brasil, nem todas as marcas acharam a melhor ideia usar apenas este termo. E os motivos são variados, de uma possível origem racista a cores que identificam a identidade visual da empresa, as companhias adotam outros nomes e seguem no objetivo de conquistar o consumidor em busca de ofertas.
Observando as mudanças das marcas, EXAME fez um levantamento que pode ser conferido abaixo:
O Boticário – O Grupo Boticário anunciou no fim de setembro que não usaria o termo Black Friday por causa de uma possível conotação racista. O período de ofertas passou a se chamar Beauty Week.
Avon – Após assumir um compromisso antirracista que visa incluir mais negros na empresa e nas propagandas, a fabricante de cosméticos passou a usar o termo Best Friday.
Natura – A Natura, dona da Avon, também mudou o nome para Natura Friday. Segundo a empresa, a novidade ajuda a fortalecer a mensagem de consumo consciente da campanha “Eu me importo de quem eu compro”, programada para todo o mês de novembro
M·A·C Cosméticos – A marca escolheu o termo Beauty Friday para, segundo ela, reforçar a beleza e promover diversos formatos de ofertas exclusivas para cada tipo de consumidor em suas 56 lojas e no site.
Imaginarium – A varejista lançou, pela primeira vez, a Color Friday para “proporcionar mais alegria com uma conotação otimista, levando as cores para celebrar o sazonal, em um ano que foi repleto de incertezas e dúvidas”.
Adidas — A marca de vestuário usa Best Fridays, segundo eles, em respeito aos movimentos observados no Brasil e no mundo sobre o tema racial. Outra ação da empresa é antecipar a data para evitar possíveis aglomerações em lojas.
Ipiranga – A rede de postos de combustível adotou o termo Yellow Friday. “A adaptação do nome, não somente remete à principal cor da marca mas também desassocia da cor preta/negra, que pode ser interpretada com viés racial”, dizia o comunicado.
Avatim – A marca de aromatização de ambientes passa a usar o Nossa Sexta. “Prezamos muito pelas nossas raízes, pela nossa origem e, por isso, decidimos substituir o termo Black Friday por outro que faz mais sentido para nós e para os nossos clientes”.
Americanas – A varejista usa o termo Red Friday, já adotado em anos anteriores em referência à cor principal da identidade visual.
Sono Quality Colchões – A empresa usa o termo Black Fábrica em referência aos preços mais baixos no período.
Melhor Envio – A empresa de fretes está utilizando o nome Blue Friday por, segundo eles, “representar uma das principais cores da empresa, que é o azul. Mas, além disso, a escolha foi feita por tudo que a cor azul simboliza em elementos importantes, são eles: confiança, lealdade, sabedoria e confiança”.
Fonte: Exame