Com aumento de mais de 20% nas vendas em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, o segmento de marca própria ganhou evidência na Raia Drogasil. A relevância dessa categoria foi destacada pela empresa durante live promovida pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO) nesta terça-feira, dia 26.
O crescimento da Raia Drogasil acompanhou a evolução de 20,9% do segmento de marcas próprias em todo o canal farma, de acordo com relatório da consultoria Nielsen. O percentual foi superior ao avanço de 15,4% nas vendas totais.
“O comportamento de nossa marca no e-commerce ganhou muitos pontos no share. A pandemia nos forçou a observar as necessidades imediatas do consumidor e a focar em lançamentos que atendam a esses objetivos, tais como sabonetes líquidos e máscaras de tecido, que conseguimos colocar no mercado em apenas 20 dias”, afirma Luciana Tortorelli Mioto, diretora de marcas exclusivas da Raia Drogasil.
Segundo a executiva, o feito somente foi possível por conta do fortalecimento da relação com os fornecedores, que garantiram uma entrega rápida, com qualidade, compreendendo a importância da situação em evitar rupturas de produtos essenciais no combate à Covid-19. “Está na hora de ajudar a economia brasileira, desenvolvendo os fornecedores locais, que crescem junto com a gente. Trata-se do momento ideal para a marca própria se relacionar com o cliente, entender o que ele precisa e mostrar os diferenciais da linha.” ressalta.
A rede iniciou a venda de marcas próprias em 2011 e, em 2018, ampliou o seu portfólio com a linha vegana Needs. Mantém ainda as linhas Nutrigood, de alimentos saudáveis; Triss, de acessórios para cabelo e maquiagem; e Caretech, de equipamentos para saúde. Hoje, essa categoria reúne mais de 400 produtos e representa em torno de 4% do faturamento bruto da rede.
Produtos sustentáveis
Pensando na pós-pandemia, Luciana acredita que a marca própria ganhará ainda mais importância aliada a princípios de sustentabilidade. “Muitas das tendências que observamos em 2019 e que continuarão fortes esse ano são as embalagens provenientes de fontes renováveis derivadas da cana-de-açúcar, aliadas à economia circular, na qual devolvemos parte das vendas aos produtores de matéria-prima ribeirinha”, explica a diretora.
Outro ponto que precisa ser estudado é o comportamento do consumidor na loja quando o isolamento social acabar. Será que ele vai continuar mexendo nos produtos na gôndola? Ou será preciso mudar a embalagem e muni-lo de informações para que ele bata o olho e saiba que é aquele produto que ele precisa? “Seria uma forma de curadoria para nortear a compra e mostrar ao cliente o quanto custa a marca própria, o value for money”, questiona Luciana.
“Definitivamente, teremos que ser mais ágeis para poder sustentar esse crescimento e aumentar a participação do segmento no país, que sempre fica na casa dos 5%”, finaliza.