Haja cerveja, refrigerante, sanduíche e biscoito. Para abastecer a Cidade do Rock, os principais fabricantes do país, restaurantes e supermercados têm encarado uma maratona de logística e planejamento. Embora o festival tenha começado com a polêmica envolvendo a chef Roberta Sudbrack, que teve 160 quilos de comida recolhidos pela vigilância sanitária, dos bares montados para o festival às áreas privadas para os convidados, os números impressionam.
Só a Heineken produziu 650 mil litros de chope para os sete dias de evento — volume que representa 5% de toda a produção nacional da companhia holandesa para o mês. Da fábrica em Araraquara, em São Paulo, vieram 16 caminhões para abastecer o festival, que consumiu 25% do investimento anual da companhia. Cada chope sai a R$ 12.
— O Rock in Rio é o evento que mais movimenta a marca no ano. Entre os mais de cem festivais de todo o mundo de que a marca participa, este é o maior. Estamos com 200 chopeiras na Cidade do Rock. Começamos a nos preparar para o Rock in Rio um ano antes. O evento é tão grande que nossas operações na Argentina e no Chile usam o Rock in Rio como uma plataforma de conteúdo para seus países — diz Vanessa Brandão, diretora de marketing da marca Heineken.
Quem também separou algumas dezenas de toneladas para o evento foi a marca de salgadinho Doritos, da Pepsico, que estreia como patrocinador neste festival. A venda dos salgadinhos — cada pacote sai a R$ 6 — foi o dobro do previsto. Resultado: a companhia vendeu, nos primeiros dias de festival, tudo que projetou para os sete dias.
Com 80 vendedores contratados, a marca criou ainda três sabores específicos para os dias de música. Como as embalagens são especiais, a fábrica fez uma linha de produção específica e contou com um centro de distribuição exclusivo para o evento no Rio. De forma a atrair o público, a empresa “bancou” uma torre de queda livre, com 40 metros.
— Uma parte significativa do nosso orçamento de marketing para este ano foi destinada a este projeto — diz Daniela Cachich, vice-presidente de marketing da Pepsico.
MERCADO NA ROCK STREET
No supermercado Prezunic, que montou uma espécie de supermercado na Rock Street, com mais de 150 itens à venda, os campeões de vendas dos primeiros dias são os sacos de pão, queijo e presunto para fazer sanduíches. Por R$ 16 é possível comprar um pacote de pão e de queijo (com 15 fatias).
— Somos o primeiro mercado patrocinador do evento. Temos quatro contêineres para deixar o mercado abastecido. Nos sete dias, serão 20 mil pessoas dentro do espaço. Estamos ainda vendendo muitos itens como repelente, absorvente e preservativo — diz Lorena Santos, gerente de marketing do Prezunic.
Fonte: O Globo