O Makro reduziu em cerca de 30% seus gastos com energia devido à migração para o mercado livre. Esse foi o principal projeto de redução de custos da empresa num ano desafiador como foi o de 2016. Conduzido com o apoio da Thymos Energia, o processo envolveu as 74 lojas da rede atacadista localizadas em 24 estados brasileiros, e superou de maneira significativa a meta de 20% de economia. A consultoria também ficou responsável pela gestão dos contratos de energia, dando apoio ao Makro na tomada de decisões estratégicas, tais como indicar o momento mais oportuno para comprar energia buscando os melhores preços do mercado.
“Além de permitir uma redução importante dos custos, a migração para o mercado livre está alinhada com a sustentabilidade, um dos pilares de atuação do Grupo SHV”, afirma o diretor de Suprimentos para a América Latina do Makro, Dario Arroyo, lembrando que, com a mudança, a empresa passou a comprar exclusivamente energia gerada em fontes limpas.
No mercado livre de energia elétrica, as empresas contratam a eletricidade diretamente dos geradores, sem o intermédio das concessionárias de distribuição. A redução dos custos é proporcionada principalmente pela possibilidade de negociação com o fornecedor e adequação ao perfil de consumo. Além disso, quando a energia contratada é proveniente de fontes renováveis incentivadas – biomassa, eólica ou pequenas centrais hidrelétricas –, há descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. Esse é o caso do Makro, que está pagando pela energia elétrica um preço menor do que a tarifa regulada e esta gozando dos descontos de transmissão que antes não tinha no mercado cativo. O desconto está garantindo economia até mesmo em estados cuja tarifa de energia elétrica do mercado cativo já é relativamente baixa.
Iniciado no final de 2015, o projeto teve como principal desafio a grande quantidade de distribuidoras envolvidas – 32 concessionárias. “É que os procedimentos para a migração ao mercado livre não são padronizados. Ou seja, cada distribuidora pode determinar de que maneira e em qual ordem devem ser feitos”, destaca o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello. Os procedimentos para a migração ao mercado livre incluem o registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a adequação do sistema de medição e a contratação da energia propriamente dita, entre outros.
Outro desafio importante foi o fato de que algumas distribuidoras da Região Norte ainda não tinham experiência com a sistemática. Isso porque os estados dessa região estão sendo ligados aos poucos ao Sistema Interligado Nacional, que reúne a maior parte da geração e transmissão de energia do País e é onde se dão as operações do mercado livre. No caso do Amazonas, as duas unidades do Makro foram as primeiras da faixa de tensão 13,8kW a migrar para o mercado livre.
Fonte: NewTrade