A rede de farmácias Mais Econômica ingressou nesta terça-feira com pedido de recuperação judicial na Comarca de Porto Alegre. A varejista foi vendida no fim de 2015 pelo grupo BTG para a Verti Capital, por R$ 44 milhões, e após a negociação continuou a enfrentar um período de sérias dificuldades econômicas.
“A medida permitirá sanar a empresa, restabelecer a normalidade das operações, repor o estoque de produtos e preservar empregos”, informa a rede em nota.
A Mais Econômica é a terceira maior rede do varejo farmacêutico gaúcho. Possui 140 lojas, sendo 100 atualmente em operação, em 52 municípios, e cerca de 850 funcionários.
“A empresa enfrenta dificuldades financeiras decorrentes da gestão temerária e obrigações não contabilizadas por sua antiga controladora, a BR Pharma, holding farmacêutica do banco BTG Pactual”, informa a varejista. “Tais problemas afetaram principalmente a tomada de financiamento pela Mais Econômica, provocando a interrupção no pagamento de fornecedores, com impacto no abastecimento das lojas e atraso de salários.”
A rede diz ainda que, no ano passado, a situação foi agravada pela recessão econômica do país, “que reduziu drasticamente a oferta de crédito pelos bancos e o volume de vendas ao consumidor”.
O faturamento da Mais Econômica em 2016 foi de R$ 296 milhões, versus R$ 466 milhões do ano anterior.
Salários
Com a recuperação judicial, os salários dos funcionários da companhia voltarão a ser pagos integralmente no quinto dia útil do mês, e os valores em atraso serão quitados de forma parcelada nos próximos meses. Os empregados que foram demitidos anteriormente terão seus direitos recebidos após a aprovação do plano de recuperação em assembleia de credores, dentro do que prevê a legislação.
Fonte: Valor Econômico