Depois de um ano difícil para o varejo, muitos lojistas começaram a repensar sua gestão, seus planos e prioridades para tentar enfrentar essa onda não muito otimista que está pairando na economia. A previsão é que o setor feche a conta de 2016 com uma recessão de até 6%, mas grandes problemas incentivam novas atitudes, novas prioridades e muita mudança.
Mas, por que arriscar a mudar? Por que ir na contramão e investir com um cenário tão desfavorável? E, mais importante ainda, por que investir em algo a longo prazo? Agora é hora de pensar também no futuro, não apenas apagar o fogo, mas planejar como será depois dele. Depois que as empresas se reestruturarem e a crise tiver passado, é importante saber como prosseguir para começar a crescer.
Em uma pesquisa realizada pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP) para o Ranking NOVAREJO 2016, com cerca de 300 empresas de varejo, foram elencadas as 16 prioridades para o crescimento futuro e, entre elas, estão desde desenvolvimento e treinamento dos funcionários, análise de dados dos consumidores, atração e retenção de funcionários até corte de custos operacionais e iniciativas de sustentabilidade.
Desenvolvimento e Treinamento de Funcionários
De todos os pontos listados, o desenvolvimento e treinamento dos funcionários foi a grande prioridade de 89,7% dos entrevistados. Para estas grandes empresas varejistas, esse é o principal investimento a ser feito para promover o crescimento futuro. E pode parecer estranho, pensar que num momento onde o varejo fatura bem menos que o esperado, começar então a investir, mas esta lógica pode salvar muitos lojistas por muito tempo.
Falo isso, porque gestão da equipe de vendas, principalmente quando se trata em investimento em treinamento, realmente é a principal saída para tentar driblar a crise, afinal, você depende dos vendedores para que o seu produto venda. Mesmo sendo algo com muita procura, o vendedor é a peça-chave para que o consumidor leve os produtos da sua marca. Então, por que não investir na sua mão de obra, que é o que você tem de mais precioso?
A linha de frente é quem entrega o resultado para o cliente e, por isso, deve ser prioridade, bem treinada, conhecer bem os produtos e ter maneiras de convencer o cliente de que a loja tem o que ele precisa e muito mais. Isso aumenta a produtividade também. Quer um exemplo de como isso está dando certo?
O prêmio Melhores Empresas para Trabalhar 2016, do mesmo portal, que reconheceu 50 redes de varejo de médio e grande portes pelas práticas em gestão de pessoas, revelou que 34% das premiadas investem, em média, mais de 100 horas de treinamento por ano.
Claro que o custo com treinamento pode ser alto e, em um ano difícil para o varejo, em que a probabilidade é que feche com queda de 4,3%, economizar é a palavra-chave. Mas, uma alternativa é deixar de lado os treinamentos presenciais, que têm um custo alto com transporte, alimentação e estrutura, e iniciar treinamentos online, realizados pelo celular por exemplo.
A pesquisa “O Panorama do Treinamento no Brasil 2015”, realizada pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, a ABTD, divulgada no início deste ano, já aponta uma tendência tecnológica na área de T&D, 24% do total de cursos EAD contam com professores. Já o autotreinamento lidera o segmento com 76%.
Para o varejo, as técnicas de e-learning não funcionam tão bem pois, exigem que o funcionário tenha, à sua disposição, um computador e tempo para ficar sentado por pelo menos uma hora fazendo atividades e se aprofundando. Não há como disponibilizar essa infraestrutura e tempo para os colaboradores, uma vez que, quanto mais tempo parado, menos vendas. Então, qual a melhor solução? O mobile learning.
A técnica de mobile learning consiste em usar o celular como uma ferramenta de aprendizagem, assim como é o computador. Empresas como a SER já desenvolveram aplicativos como o SER Casting, que disponibiliza uma área de treinamentos de equipe que podem ser incluídos pelo próprio gestor e em diversos formatos, como vídeos, apresentações, quiz, entre outros, que podem ser feitos em um tempo bem mais curto e podem ser revistos e refeitos quantas vezes forem necessárias, fazendo que a equipe tenha um alto desempenho de vendas no varejo.
A vantagem do m-learning para o varejo é que os vendedores podem usar o app no almoço, em uma pausa e até em casa. Além disso, o treinamento pode ser revisto sempre, porque está ali, na palma da mão. Isso faz com que a equipe tenha um alto desempenho das vendas no varejo. A tecnologia deve ser uma prioridade.
Vantagens por meio de novas tecnologias
Outra prioridade entre 75,9% dos entrevistados é investir vantagens por meio de novas tecnologias. Buscar inovação é sempre um desafio para toda empresa. No varejo, não seria diferente, ainda mais hoje em dia, em que a demanda de ferramentas tecnológicas é enorme e quem não se atualiza acaba, sim, ficando para trás.
Entre tantas tecnologias para o varejo surgindo, quais as que valem a pena investir? Não é muito caro? Tudo isso passa pela cabeça do varejista e é normal e por isso acredito que aplicativos e ferramentas de gestão da equipe podem ser uma ótima alternativa tanto para pequenos varejistas, quanto para grandes empresas com muitas unidades.
Este tipo de ferramenta é útil e aplicável em qualquer negócio de varejo porque é importante que o gestor tenha todos os dados na palma da mão para ter resultados mais rápidos e corrigir algo com a equipe o quanto antes.
Para isso, aplicativos como o SER Casting reúnem dados como o desempenho de cada colaborador em forma de gráficos, para saber se ele já atingiu a meta ou o quanto foi vendido de cada produto. É possível, ainda, comparar o desempenho de cada um e descobrir, quem sabe, um talento, alguma pessoa que esteja se saindo muito bem e merece uma chance de promoção ou bonificação.
Mais é importante pensar que a tecnologia pode ser nossa aliada e não a toa os grandes já pensam nela como prioridade. De pouco em pouco e com algumas boas ações de gestão o varejo vai caminhar para a reestruturação. Alguns ainda conseguiram passar desta crise intactos, mas mudanças são sempre bem vindas porque tudo muda depois de tempos difíceis como este, o mercado, o consumidor, a forma como oferecemos nosso produto, como nos apresentamos, os meios que escolhemos para nos lançar e por isso, a maior prioridade é, INOVE.
Atração e Retenção de funcionários
Reter talentos no varejo pode ser algo bem complicado. A taxa de turnover do setor pode chegar a 100% em caso de lojas de shopping. E como resolver este problema e diminuir os custos com as demissões, contratações e treinamentos?
É necessário saber a causa desse alto turnover e para isso, o gestor deve conhecer bem sua equipe, acompanhar seus resultados de perto e sempre manter um bom diálogo com bons feedbacks e no varejo esse tipo de ação deve acontecer diariamente. Não adianta depois de seis meses dar o feedback e falar que o trabalho nesse tempo não foi satisfatório. É importante que seja mais imediato.
Apps para gerenciar os funcionários ajudam o gestor a poupar tempo e pensar em boas soluções para desenvolver melhor cada colaborador. Com o SER Casting por exemplo, o gerente pode ver quem está tendo o pior desempenho de vendas e pode direcionar um treinamento específico para aquele vendedor. Você age na raiz do problema e assim vai ajudar o colaborador a melhorar seu desempenho. Com um bom desempenho, o colaborador tende a permanecer mais tempo na empresa.
Não é apenas pelo salário que os bons funcionários ficam. Uma boa gestão pode fazer muita diferença na hora do funcionário decidir aceitar uma nova proposta. Investir no seu colaborador, auxiliá-lo e criar um ambiente de cumplicidade vai te ajudar a fazer com que o turnover baixe e todos possam caminhar juntos para o sucesso.