Após alta de 24% nas vendas no segundo trimestre de 2019 sobre um ano – chegando a R$ 5,7 bilhões –, a varejista Magazine Luiza prevê crescimento forte até o final do ano por meio do fortalecimento do marketplace e das sinergias com as operações Netshoes.
“Avaliamos que o resultado obtido é o fruto direto de uma estratégia que traçamos há alguns anos e, por isso, conseguimos obter com êxito o patamar de competitividade atual do negócio. Considerando que a base de comparação do ano passado já era forte, passamos a focar em um ritmo de crescimento chinês da operação digital”, argumentou o CEO da rede varejista, Frederico Trajano, em teleconferência direcionado ao mercado ontem (13).
Para o executivo, o “aperfeiçoamento” constante de pilares estratégicos da companhia serão fundamentais para sustentar uma consistente evolução no médio a longo prazo. “Nos concentramos no potencial de crescimento da plataforma marketplace, avanço na base de clientes dos aplicativos e aprimoramento do nivel de serviço logístico”, complementou ele, destacando que os prazos de entrega da rede aos consumidores se equiparam ao mercado norte-americano, Europa e também da Ásia. Segundo ele, a tendência é que o portfólio da rede ganhe mais itens por meio da aquisição da operação da Netshoes – a qual exigiu um desembolso na ordem de U$S 115 milhões.
De acordo com o balanço divulgado pela rede varejista, foram investidos cerca de R$ 124 milhões no segundo trimestre de 2019 em novas tecnologias e aperfeiçoamento dos sistemas para melhorar o desempenho nas vendas. Além disso, o negócio registrou 40% de suas entregas expressas realizadas no domicílio dos consumidores. A base ativa de clientes apresentou salto de 50% na comparação anual.
“Esse vem sendo um dos grandes destaques da nossa operação. A eficiência nas entregas que atingimos dentro da nossa malha logística foi impulsionada também pela startup Logbee com atuação em 100 cidades no Brasil”, complementou o executivo.
Ainda de acordo com ele, outro elemento fundamental na trajetória de evolução das vendas da rede é justamente o papel que a Luizacred – financeira do grupo – vem desempenhando desde a sua criação.
“Nossa operação financeira obteve crescimento de 50% no segundo trimestre de 2019 sobre o mesmo período do ano anterior, resultando num total de 4,6 milhões de cartões emitidos”, afirmou ele, lembrando que as iniciativas de digitalização devem envolver também a parte financeira do negócio. Conforme os dados divulgados pela empresa, a evolução na carteira de crédito do Luizacred foi de 44%, chegando a R$ 9,5 bilhões – na mesma base de comparação. Além disso, a rede registrou alta de 7,2% no lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) – atingindo R$ 304 milhões.
Para o CEO, a partir de agora, o grupo varejista se concentrará na realização da integração com os sistemas da Netshoes, a fim de aproveitar “ao máximo” as possibilidades de sinergias, uma vez que a empresa recém-adquirida dispõe de um sortimento de 250 mil itens; 6,8 milhões de usuários ativos; mil sellers no marketplace; e um volume bruto de mercadorias na ordem de R$ 2,6 bilhões.
Fonte: DCI