Quando, no início dos anos 90, o cofundador da Apple declarou que o computador é como uma bicicleta para nossas mentes, ele se referia à capacidade que a bicicleta tem de tornar o movimento humano mais eficiente do que o de qualquer ser sobre a Terra. Para Jobs, o computador poderia fazer o mesmo com o cérebro humano. Nas últimas décadas fizemos progressos imensos nesse campo, mas quando olhamos para o que já vem acontecendo no campo da Inteligência Artificial e do Machine Learning, vemos que estamos avançando para um novo nível de possibilidades de interação e conhecimento.
Nos últimos anos, demos grandes passos no desenvolvimento de processos ágeis para lidar com um varejo que se tornou muito mais complexo, mas que, no fim das contas, continua se resumindo a entregar o produto correto, no momento certo, para o cliente certo. Com o aumento da complexidade, as métricas de desempenho se tornaram mais e mais importantes. A Inteligência Artificial e o Machine Learning (a capacidade que as máquinas têm de pensar e aprender ao longo do tempo) permitem que façamos muito mais com nossos recursos finitos. Com o volume incrível de dados gerados a cada momento em todo o mundo, é impossível para o ser humano lidar com toda essa informação. Os computadores são mais preparados que nós para trabalhar com isso.
E o fato é que a Inteligência Artificial e o Machine Learning impactam nossas vidas de maneiras que nem imaginamos. Reconhecimento de voz (Siri, Google Now, Cortana), Alexa, Amazon Echo, funções de auto correção quando você digita um texto, busca no Google, iTunes, carros autônomos, a sugestão de pessoas que você conhece no Facebook, o reconhecimento facial em fotos e os chatbots, que receberam cerca de US$ 4 bilhões em financiamentos nos últimos três anos, são apenas alguns exemplos. De acordo com um artigo publicado recentemente no VentureBeat, 34 startups de IA foram adquiridas apenas no primeiro trimestre deste ano, mais que o dobro do ano passado. O ritmo de mudança está sendo sentido em diversos setores. Quem imaginaria há cinco anos que ficaríamos felizes em falar com um chatbot de nosso banco para resolver diversas transações financeiras?
Os chatbots estão cada vez mais presentes no dia a dia e, muitas vezes, nos relacionamos com eles sem nem mesmo saber que o estamos fazendo. Machine Learning está em toda parte, tirando o atrito de nossas vidas, inclusive de nossas relações de consumo. Os mesmos princípios que no passado foram usados por outros setores, que se automatizaram e ganharam eficiência e produtividade, agora chegam ao varejo, transformando completamente a indústria e gerando novos desafios e oportunidades.
Técnicas de machine learning são conhecidas há três ou quatro décadas, mas somente com os avanços da computação e com os imensos conjuntos de dados que a tecnologia se mostrou útil. Machine learning é, hoje, parte de nossas vidas e continuará a crescer. Agora é hora de assegurar que também impacte o mundo do varejo.
Nos últimos anos, grandes passos foram dados na direção do desenvolvimento de processos ágeis para lidar com um ambiente de varejo que se tornou mais complexo, mas que, no fim das contas, continua a ter tudo a ver com entregar o produto certo, na hora certa, para o consumidor correto. Conforme a complexidade cresce, entender o consumidor é mais difícil, mas também mais importante do que já foi no passado. Inteligência Artificial e Machine Learning (a capacidade que as máquinas têm de pensar e aprender com suas próprias experiências) nos permitem fazer muito mais com nossos recursos finitos. É impossível para os seres humanos lidar com toda a informação gerada em qualquer momento no mundo, e os computadores estão mais preparados do que nós para esse desafio.
Na área de business analytics, diversas pesquisas mostram que gastamos entre 20% e 30% de nosso tempo buscando informações. Mesmo pequenas reduções no tempo e esforço dedicados a encontrar informações em sistemas de computação trariam resultados significativos. O futuro dos sistemas empresariais não estará em complicados dashboards e em números incríveis de big data, e sim em interfaces bem projetadas que farão do trabalho um prazer. O Machine Learning estará na vanguarda da liberação das mentes dos colaboradores, que poderão focar nos insights e em decisões que importam.
Em vez de precisar navegar em meio a menus drop down, tabelas, funções e botões encontrados nos softwares atuais, o Machine Learning pode ajudar a trazer para a superfície as informações reais de que você precisa. Os dashboards, hoje, trazem grandes quantidade de dados na expectativa de que o usuário faça o restante. No futuro, os insights serão trazidos antes, mostrando as respostas reais a por que algo está acontecendo.
A maior parte dos sistemas empresariais, hoje, age como um amigo que não te escuta. Passamos horas e horas por dia nos relacionando com eles e tentando encontrar as respostas corretas às perguntas. As interfaces do futuro irão aprender e entenderão como você interage. A ciência que está por trás da interface nunca para de aprender – de fato, nunca nem mesmo forme. Nós podemos utilizar ações sugeridas e dar sentido a essas ações, levando em conta todos os dados disponíveis e contextos importantes.
O varejo online, especialmente, já está utilizando o poder do Machine Learning e da Inteligência Artifical e está à frente do varejo tradicional no uso das informações. A experiência de consumo na Amazon, por exemplo, é impulsionada por sua capacidade de usar essas técnicas para criar uma experiência personalizada para cada um de seus clientes.
Hoje, Google, Amazon e Facebook são exemplos de experiências de uso e consumo relevantes 100% baseadas em IA e Machine Learning. Nos próximos anos, todo o varejo precisará caminhar nessa direção. Para isso, as empresas precisam trazer novos talentos, incorporar a cultura digital a seus negócios e buscar o apoio de parceiros que estejam mais avançados, justamente para acelerar essa transformação.
O Machine Learning já está presente em muitos aspectos de nossas vidas e o ritmo de mudança nunca foi tão intenso. Temos a grande oportunidade de, efetivamente, liberar o poder da computação para transformar nossas vidas e a maneira como compramos. Isso, no fim das contas, não tem a ver com tecnologia, e sim com a maneira como encaramos as oportunidades que são criadas. O Machine Learning impactará muitos processos e práticas que dirigem nossos negócios hoje, mas precisamos permitir que isso aconteça.
Essa é, realmente, uma revolução que precisamos abraçar.
Fonte: Dunnhumby