A C&A, as Casas Bahia, as Lojas Americanas, e a Renner foram as empresas mais citadas na categoria ” Lojas de departamentos ” por paulistanos das classes A e B ouvidos pelo Datafolha. As marcas tiveram cerca de 8% das menções.
Tudo isso faz parte de um plano da rede, anunciado há dois anos, para inaugurar 800 lojas até 2019. O projeto tem o lema “85 anos em 5 — Somos Mais Brasil”, uma alusão ao plano desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, o “50 anos em 5”.
A C&A, por sua vez, tem 11% das lojas do quarteto. Fundada por dois irmãos holandeses em 1841 e no Brasil desde 1976, a marca conta com 270 pontos de venda no país.
Há dois anos, com o lançamento da loja virtual, a varejista chegou a 100% do território nacional e investe em serviços digitais para atender as demandas do consumidor.
“Uma de nossas estratégias é ser a primeira empresa ‘omnichannel’ [multicanal] do varejo de moda brasileiro. Todas as nossas ações são pensadas já com um direcionamento digital”, diz Paulo Correa, presidente da C&A no Brasil.
Já as Casas Bahia reúnem 750 lojas. No ano passado, quatro foram abertas e 19 fechadas. Neste ano, por uma questão estratégica, a rede, que surgiu há 60 anos em São Caetano do Sul, no ABC paulista, não deve ter inaugurações.
A meta é concentrar esforços no aumento da eficiência operacional nas existentes, promover a integração entre on-line e pontos físicos e melhorar o nível de serviços para clientes.
“O atual cenário traz um desafio para todo o varejo, mas temos uma marca reconhecida pelo consumidor e uma equipe eficaz e preparada para enfrentar este momento”, afirma Othon Vela, diretor de marketing da Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio.
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C&A
Fundação: 1841 na Holanda (no Brasil desde 1976)
Unidades: 276 (26 delas na capital paulista)
Casas Bahia
Fundação: 1957
Unidades: 750 (104 delas na capital paulista)
Lojas Americanas
Fundação: 1929
Unidades: 1.132 (cem delas na capital paulista)
Renner
Fundação: 1965
Unidades: 304 (26 delas na capital paulista)
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O perfil do consumidor C&A está mudando?
O perfil do consumidor mudou e a forma como ele consome a moda também. As pessoas querem se sentir conectadas com a marca. Ele não aceita mais uma moda impositiva e questiona se os produtos que veste ou leva para casa foram produzidos por empresas com atuação justa, ética e que se preocupam com a questão da sustentabilidade. As companhias e as marcas que não acompanharem esse movimento enfrentarão desafios para se manterem vivas nesse mercado – Paulo Correa, presidente da C&A
As lojas físicas passaram a aceitar celulares como parte do pagamento de novos aparelhos. Como funciona esse serviço?
A recompra de celular está funcionando desde fevereiro em mais de 200 lojas de Casas Bahia e Ponto Frio. Até o final do semestre, todas deverão contar com o serviço. Os clientes entregam celulares e tablets usados, em qualquer Estado, para adquirirem novos produtos da mesma categoria com desconto no valor final – Othon Vela, diretor de marketing da Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio
O que faz as Lojas Americanas se destacarem no varejo?
Esse resultado é fruto de uma estratégia de longo prazo que busca a excelência na operação, fazer mais e melhor a cada dia, encontrar os melhores pontos para abrir lojas, ter foco no cliente e manter um rígido controle de custos. Nossa missão é realizar os sonhos e atender as necessidades de consumo das pessoas, poupando tempo e dinheiro e superando as suas expectativas – Murilo Corrêa, diretor-financeiro e de relações com investidores das Lojas Americanas
Como a Renner se destaca da concorrência e se relaciona com os paulistanos?
Encantar a todos os clientes é a nossa realização e a pesquisa [do Datafolha] demonstra que estamos no caminho, por meio da consistência do nosso posicionamento de ser a marca cúmplice da mulher moderna, com moda em diversos estilos, qualidade, preços competitivos e excelência nos serviços prestados – Fábio Faccio, diretor de operações da Lojas Renner
Fonte: Folha de S. Paulo