No ano passado, a previsão inicial também era de 140 aberturas, mas a varejista inaugurou 92 unidades
A Lojas Americanas prevê abrir 140 lojas em 2016, número mais de 50 por cento superior ao do ano passado, mesmo num ambiente de recessão na economia brasileira e fraqueza nas vendas no varejo.
No ano passado, a previsão inicial era de 140 aberturas, mas a varejista acabou abrindo 92 unidades.
O diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Murilo Corrêa, afirmou em teleconferência com analistas que ainda é cedo para afirmar se o cenário econômico pode prejudicar a projeção para 2016 e que a companhia segue trabalhando com o número de 140 lojas para o ano.
“Em relação ao programa (de expansão) ´Somos mais Brasil´, continuamos otimistas. É um programa até 2020 que a gente tem toda a chance de fazer”, disse ele, referindo-se ao plano anunciado no fim de 2014, com investimento previsto de 4 bilhões de reais e abertura de 800 lojas.
O projeto de expansão da Lojas Americanas ocorre em meio a retração do varejo brasileiro, cujas vendas recuaram 1,5 por cento em janeiro na comparação com o mês anterior e caíram 10,3 por cento sobre um ano antes, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira.
“Não abrir lojas para nós é ruim. As lojas novas produzem um resultado fantástico… Isso (novas lojas) é parte do nosso negócio e tem produzido um resultado que a gente espera, tem produzido nossa margem e nossas vendas”, disse o diretor da Lojas Americanas.
Em 2015, as vendas líquidas da empresa cresceram 11,5 por cento, a 9,7 bilhões de reais. No conceito mesmas lojas, que considera apenas unidades abertas há mais de 12 meses, houve alta de 8,8 por cento nas vendas.
A Lojas Americanas teve lucro líquido de 204,2 milhões de reais no quarto trimestre de 2015, queda de 31,1 por cento sobre igual período do ano anterior, pressionada pela piora do resultado financeiro.
Às 16:47, as ações da Lojas Americanas caíam 6,51 por cento, aparecendo entre as maiores quedas do Ibovespa, que tinha oscilação negativa de 0,01 por cento no mesmo horário.
Ainda sobre os pontos de venda, Corrêa afirmou que a companhia não tem encontrado lugares baratos ou em condições especiais, mesmo considerando o momento de baixa do mercado imobiliário.
Sobre a expectativa de vendas para o período da Páscoa, o executivo disse que é cedo para avaliar o desempenho, já que um movimento mais intenso ocorre mais próximo da data.
“Nossa expectativa é sempre muito otimista, até agora está dentro do que a gente idealizou para o momento”, afirmou, sem dar mais detalhes.