A Lojas Americanas reafirmou há pouco o compromisso de abrir 200 novas lojas neste ano. “Nosso ritmo de expansão está acelerado, com a inauguração de 34 lojas no primeiro semestre”, disse Luiz Saraiva, diretor de relações com investidores da companhia. Nos seis primeiros meses do ano passado, a companhia fez 19 inaugurações.
Outras 160 lojas estão programadas para serem abertas nos próximos meses. Destas, 51 estão em fase de construção, 45 têm contrato celebrado e 64 lojas estão em estágio avançado de negociação, segundo a varejista.
“A gente está muito confiante em relação a tudo o que tem feito nos últimos anos. E estamos acelerando expansão em lojas”, acrescentou Saraiva. A companhia encerrou junho com 1.156 lojas em operação no país.
Lojas de conveniência
No segmento de lojas de conveniência, em que a companhia começou a operar neste ano, com um projeto piloto no Rio, o plano é abrir 10 novas unidades do modelo até dezembro. Questionado pelos analistas sobre os resultados já obtidos no segmento, o comando da varejista preferiu não citar números. “Esperamos pelo menos o mesmo nível de rentabilidade das Lojas Americanas para o modelo de lojas de conveniência”, acrescentou Saraiva.
Marca própria
A companhia também está ampliando o sortimento de produtos de marca própria. Segundo a empresa, foram dezenas de lançamentos no primeiro semestre, em alimentos, eletrônicos e vestuários. Em algumas categorias, afirmou Saraiva, a marca própria já supera 10% das vendas.
Black Friday
Durante teleconferência com analistas, Luiz Saraiva também falou sobre a Black Friday — data promocional do comércio no fim de novembro. Segundo ele, o planejamento já começou e as expectativas são positivas.
“Estamos muito otimistas com esse e outros eventos do segundo semestre”, disse.
Questionado sobre as perspectivas para as vendas “mesmas lojas”, indicador que compara o desempenho de unidades em operação há mais de um ano, Saraiva disse que espera melhora nos seis últimos meses do ano.
No primeiro semestre a companhia apresentou crescimento de 3,7% nas vendas “mesmas lojas”, considerando a receita líquida, e avanço de 2,4% levando em consideração as vendas brutas — desempenho considerado pouco expressivo pelos analistas.
Ele citou a necessidade de ajustes de estoques no primeiro semestre, que acabou afetando as vendas, sem entrar em detalhes. Para a segunda metade do ano, disse que a companhia está melhor preparada em termos de estoque. Segundo o diretor, o objetivo é que o crescimento das vendas “mesmas lojas”, no ano, supere a variação da inflação.
B2W
O comando do grupo também destacou na apresentação a analistas o desempenho de sua controlada B2W, dona de sites como Submarino, Americanas.com e Shoptime. No segundo trimestre, a B2W apurou o menor patamar de consumo de caixa dos últimos quatro anos. Saraiva destacou que o consumo de caixa da empresa de comércio eletrônico ainda deve cair significativamente no ano.
O grupo reafirmou ainda a estratégia de impulsionar o crescimento da B2W com o modelo de marketplace — shopping virtual, em que são ofertados produtos de outros lojistas nos portais da companhia.
Fonte: Valor Econômico